O Ministério da Defesa enviou 20 veículos blindados para reforçar a segurança da fronteira do Brasil com a Venezuela, que acirrou nos últimos dias uma disputa por Essequibo, território pertencente à Guiana.
A informação foi confirmada pelo Ministério nesta segunda-feira, 4.
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Segundo o ministro da Defesa, José Múcio, a operação já estava planejada para o combate ao garimpo ilegal na região, mas que os blindados poderão auxiliar na segurança.
Os equipamentos ficarão no quartel de Boa Vista, esquadrão que será transformado em regimento de cavalaria com 130 militares.
A região da fronteira passa por uma grande tensão relacionada à disputa entre Venezuela e Guiana pelo território de Essequibo, administrada pela Guiana, que abriga grandes reservas de petróleo.
Plebiscito na Venezuela
No domingo, 4, foi realizado um Plebiscito na Venezuela, quando 95% dos eleitores votaram para que o país incorpore ao mapa venezuelano o território de Essequibo.
O cientista político, Paulo Rakoski, explica que esse plebiscito é uma questão interna da Venezuela e que não afeta nenhum tipo de problematização em relação a Guiana.
“Se haver alguma ameaça territorial, as questões poderiam mudar, sair das relações diplomáticas, políticas, de contestação de território para uma questão bélica ou militar” explicou.
Ele ressalta que “ainda não houve ameaça de ocupação de território, a não ser uma reivindicação territorial que já vem sendo reivindicada há décadas por parte da Venezuela por interesse econômico”.
E se houver uma guerra entre Venezuela e Guiana?
O cientista político, Paulo Rakoski, explica que o Brasil está na linha de fronteira e que se houver algum tipo de conflito na linha de fronteira, será um conflito de baixa escala, não ocasionando nenhum risco territorial ao Brasil.
“A pior das hipóteses dentro desse cenário é uma guerra total entre Guiana e Venezuela na disputa territorial, que ocorrerá uma intervenção por parte dos Estados Unidos que já manifestou interesse em uma base de apoio dentro da Guiana”.
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