O Brasil apresenta redução de 8,6% nos chamados “desertos de notícias” em 2023, conforme dados do Atlas Notícias, censo que mapeia a presença do jornalismo local no país.
Os relatórios com os principais resultados do Atlas da Notícia foram divulgados nesta quarta-feira (9), no site do Observatório de Imprensa.
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Conforme o estudo, patrocinado pela Meta, 271 municípios passaram a contar com ao menos um veículo de comunicação local e outros 15 voltaram a ser considerados desertos.
Os “desertos de notícias” são locais que não oferecem mais aos seus cidadãos informações apuradas e produzidas por jornalistas sobre o lugar onde vivem.
Ainda conforme informações da 6ª edição do censo, é a primeira vez desde o início do levantamento, em 2017, que o número de não desertos supera o de desertos de notícias.
Desertos diminuem no Norte
Ainda segundo levantamento, a redução dos desertos foi maior nas regiões Norte, onde foi identificada atividade jornalística em mais 95 municípios.
Já no Nordeste, há atividades de imprensa profissional em 87 municípios.
As notícias passaram a ocupar esses territórios por conta do avanço dos meios nativos digitais e pelo crescimento da produção de notícias por rádios, sobretudo as comunitárias.
Confira mais dados da sexta edição do Atlas da Notícia:
- O Atlas da Notícia mapeou 14.444 veículos jornalísticos em atividade no Brasil, um acréscimo de 5,2% em relação ao último censo.
- Os meios online são 5.245 e correspondem a 36% do total de veículos de comunicação no país. Desses, 1.671 são blogues ou meios que usam redes sociais como sua principal plataforma de distribuição de conteúdo.
- 2.712 municípios permanecem desertos de notícias no Brasil. Neles vivem 26,7 milhões de habitantes.
- Outras 32,4 milhões de pessoas vivem em 1.643 municípios que têm somente 1 ou 2 veículos de comunicação jornalística, considerados no censo como quase desertos.
- Proporcionalmente ao número de cidades, o Nordeste é a região com maior número de desertos – 56,4% dos municípios estão nessa condição.
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