Estudo sobre como as abelhas podem influenciar no desenvolvimento de robôs e máquinas autônomas foi publicado pela Universidade de Sheffield, na Inglaterra.

A nova pesquisa dirigida pelo Dr. HaDi MaBouDi, do Departamento de Ciência da Computação, revelou as formas compexas que esses insetos decidem quais flores valem a pena explorar.

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De acordo com o estudo, as abelhas tomam decisões rápidas sobre onde coletar o néctar.

As escolhas são precisas, mais do que observadas em humanos, por exemplo.

Os pesquisadores da Sheffield estão trabalhando na ‘engenharia reversa’ do cérebro da abelha para aplicar às Inteligências Artificiais.

O intuito é que as máquinas vejam, sintam e naveguem tomando decisões como esses insetos.

Pesquisa sobre as abelhas

Os pesquisadores da universidade alegaram no estudo publicado na revista eLife como o cérebro do inseto funciona.

Os responsáveis treinaram 20 abelhas para reconhecer cinco flores artificiais de cores diferentes.

Foram posicionadas flores azuis com calda de açúcar, verdes com água tônica que os insetos não apreciam e as cores restantes tinham, aleatoriamente, glicose.

Em seguida, um jardim onde as flores tinham apenas água destilada foi apresentado aos insetos para testar o desempenho.

Cada abelha foi filmada, e o caminho que fizeram rastreado e cronometrado.

O tempo para tomar decisões sobre qual flor visitar também foi observado.

Os resultados do estudo mostrou que se as abelhas estivessem certas que uma flor teria néctar, elas rapidamente decidiam pousar no local, e o mesmo ao contrário.

“O que fizemos neste estudo foi revelar os mecanismos subjacentes que impulsionam essas notáveis ​​capacidades de tomada de decisão. Agora podemos usá-los para projetar robôs e máquinas autônomas melhores, mais robustos e avessos ao risco que podem pensar como abelhas”, declarou MaBouDi.

Abelhas e desenvolvimento de IA

Os cientistas da universidade passaram a desenvolver engenharia reversa nos cérebros das abelhas para projetar tecnologias autônomas.

Além disso, um modelo de computador com o objetivo de replicar o processo de tomada de decisões das abelhas.

Outro professor da Sheffield, James Marshall, está desenvolvendo cérebros de silício de baixo custo que permitem as IAs ver, sentir e certificar decisões como as abelhas.

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