Os esforços nacionais para combater o aumento da temperatura global a 1,5ºC, ainda são inadequados.

É o que revelou o relatório das Mudanças Climáticas da Organização das Nações Unidas (ONU) nesta terça-feira (14).

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Mesmo com alguns países intensificando seus esforços, o relatório destaca a necessidade de uma ação mais robusta para reverter a trajetória de emissões globais e evitar os impactos mais graves das mudanças climáticas.

Os resultados do relatório indicam que, embora as emissões não estejam mais aumentando após 2030 em comparação com os níveis de 2019, a tendência de queda necessária nesta década ainda não está ocorrendo rapidamente o suficiente.

As contribuições nacionais mais recentes, se implementadas, resultarão em um aumento de aproximadamente 8,8% nas emissões em relação aos níveis de 2010.

Embora represente uma melhoria marginal em relação ao ano anterior, a trajetória continua aquém do necessário para atender às metas climáticas globais.

Até 2030, as emissões projetam-se ser 2% menores do que os níveis de 2019, destacando que o pico das emissões globais ocorrerá nesta década.

As condições de seca na Zâmbia levaram ao fracasso das colheitas, o que teve impacto na saúde das pessoas – Foto: Unicef/Karin Schermbrucker

Crise climática

O secretário-executivo da ONU sobre Mudanças Climáticas, Simon Stiell, expressa preocupação com os passos hesitantes dos governos em evitar a crise climática.

Ele enfatiza a importância da próxima Conferência das Partes (COP28) em Dubai, considerando-a um ponto de virada crucial, onde os governos devem não apenas concordar com ações climáticas mais robustas, mas também apresentar planos concretos de implementação.

População local caminha em South Gondar, na região etíope de Amhara – Foto: OMM/Abenezer Israel

Progresso lento

O Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas da ONU estabelece a necessidade de reduzir as emissões de gases de efeito estufa em 43% até 2030, em comparação com os níveis de 2019.

Isso é crucial para limitar o aumento da temperatura a 1,5 graus Celsius até o final do século.

Mitigando os impactos adversos como secas, ondas de calor e eventos de chuva mais intensos e frequentes.

As emissões globais de gases de efeito estufa estão previstas para aumentar 9% até 2030, em comparação com os níveis de 2010, destacando a urgência de ações mais audaciosas.

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