Adélio Bispo agiu sozinho quando planejou e executou o atentado contra o então candidato à presidência da República, Jair Bolsonaro.  A conclusão é da Polícia Federal (PF), que arquivou o inquérito que investigava se haveria outros envolvidos no crime.

Relatório divulgado pela PF nesta terça-feira (11) afirma que “houve apenas um responsável pelo ataque, já condenado e preso”. 

Adélio Bispo cometeu o atentado quando Bolsonaro visitava a cidade de Juiz de Fora, em Minas Gerais, um mês antes das eleições de 2018.

Terceira investigação

Esta nova frente de investigação retomou o caso para averiguar a possibilidade de haver mais alguém coparticipante do atentado, o que acabou por não se confirmar – a exemplo do que já havia ocorrido em duas investigações anteriores, feitas em 2018 e 2020.

“Durante as diligências, houve mandados de busca e apreensão para nova análise de equipamentos eletrônicos e documentos. Outros possíveis delitos foram descobertos, relacionados a um dos advogados de defesa do envolvido no ataque, mas sem qualquer ligação com os fatos investigados”, informou a PF, sem detalhar quais seriam esses delitos.

O novo relatório, que atende às solicitações do Ministério Público Federal, aguarda agora a manifestação do juízo.

“Operação de hoje põe fim em definitivo o caso Adélio Bispo. Comprovamos o vínculo desse advogado com o crime organizado, mas [não há] nenhuma vinculação deste advogado com a tentativa de homicídio ao então candidato”, disse Andrei Rodrigues, diretor-geral da PF.

Em junho de 2019, a Justiça considerou Adélio inimputável por transtorno mental e o absolveu da facada.