A Advocacia-Geral da União (AGU) pediu um novo bloqueio de bens dos envolvidos nos atos de invasão e depredação do Supremo Tribunal Federal (STF), do Palácio do Planalto e do Congresso Nacional no dia 8 de janeiro.

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O pedido foi feito na terça-feira (24) por meio de uma nova ação.

A solicitação é de que 40 pessoas presas em flagrante no dia dos atos tenham seus bens bloqueados, seja imóveis, veículos, valores em contas financeiras e outros bens.

Nova ação da AGU

Esta nova ação da AGU foi criada para evitar que o processo seja prejudicado por um número muito elevado de réus.

No entanto, a nova solicitação vai se somar a uma anterior, na qual a instituição pediu, em 11 de janeiro, que outras 52 pessoas e sete empresas tivessem o bloqueio de R$ 6,5 milhões em bens.

O valor total das duas ações somadas chega a R$ 18,5 milhões. O valor considera os danos apresentados pelo Palácio do Planalto, Supremo Tribunal Federal (STF), Senado Federal e Câmara Federal.

A quantia total ainda pode sofrer alterações, se os órgãos calcularem um prejuízo ainda maior que o estimado até o momento.

A AGU aponta que os alvos da ação desta terça geraram “danos à própria ordem democrática e à imagem brasileira”.

“Participaram da materialização dos atos de invasão e depredação de prédios públicos federais (…) tanto que em meio a esses atos foram presos em flagrante como responsáveis pelos atos de vandalismo nas dependências dos prédios dos três Poderes da República e em face dos mesmos foi decretada prisão preventiva”, complementa a AGU.

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Atos antidemocráticos

A organização dos atos criminosos começou durante o fim de semana dos dias 7 e 8 de janeiro, quando diversos ônibus chegaram ao acampamento em frente ao Quartel-General do Exército, em Brasília.

No domingo (8), às 14h, os criminosos percorreram 8 km até a Praça dos Três Poderes, escoltados pela Polícia Militar do Distrito Federal (PM-DF).

Os vândalos invadiram e depredaram o Congresso Nacional, o Palácio do Planalto e o Supremo Tribunal Federal (STF).

Durante os ataques, os extremistas destruíram obras de arte, móveis, quebraram espelhos, vidros e janelas, depredaram computadores e roubaram armas.

Além disso, segundo o Sindicato de Jornalista do DF, cerca de 16 jornalistas foram agredidos ou tiveram seu material roubado pelos criminosos.