A Advocacia-Geral da União (AGU) estuda inabilitar empresas que financiaram os atos golpistas do dia 8 de janeiro, ou seja, interromper os serviços das pessoas jurídicas.

A confirmação da análise foi feita pelo órgão nesta segunda-feira (6).

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Segundo nota da AGU, o órgão está analisando a medida, que está “prevista na legislação e pode ser adotada nesse caso”.

No entanto, não há previsão para o pedido de adoção da medida que visa inabilitar as empresas.

AGU e bloqueios

A AGU também pediu o bloqueio de bens de envolvidos com os atos antidemocráticos.

Ao todo, até o momento, já são 92 pessoas e sete empresas com o patrimônio bloqueado por financiar ou participar dos atos golpistas.

O terceiro pedido de bloqueio de bens movido pela AGU, proposto no fim de janeiro, que abrange outros 42 presos em flagrante, ainda aguarda análise da Justiça.

Nas ações, a AGU defende que todos os envolvidos, sejam financiadores ou depredadores, devem responder pelo prejuízo causado ao patrimônio público.

O prejuízo, até o momento, é estimado em R$ 18,5 milhões, conforma as autoridades.

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Atos antidemocráticos

A organização dos atos criminosos começou durante o fim de semana dos dias 7 e 8 de janeiro, quando diversos ônibus chegaram ao acampamento em frente ao Quartel-General do Exército, em Brasília

No domingo, às 14h, os criminosos percorreram 8 km até a Praça dos Três Poderes, escoltados pela Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF).

Os vândalos invadiram e depredaram o Congresso Nacional, o Palácio do Planalto e o Supremo Tribunal Federal (STF).

Nos atos, os extremistas destruíram obras de arte, móveis, quebraram espelhos, vidros e janelas, depredaram computadores e roubaram armas.

Além disso, segundo o Sindicato dos Jornalistas do DF, cerca de 16 jornalistas foram agredidos ou tiveram seu material roubado pelos criminosos.