A Advocacia-Geral da União (AGU) pediu à Justiça Federal do Distrito Federal que o bloqueio de bens de presos nos atos golpistas de 8 de janeiro seja elevado dos atuais R$ 18,5 milhões para a R$ 20,7 milhões.
O pedido foi feito nesta segunda-feira (6).
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O acréscimo de R$ 2,2 milhões levou em consideração a estimativa atualizada de prejuízos sofridos pela Câmara dos Deputados.
A previsão da casal legislativa elevou o cálculo de danos de R$ 1,1 milhão para R$ 3,3 milhões.
O pedido de aumento do valor bloqueado foi feito na quarta ação proposta pela AGU contra os acusados de financiar ou participar da depredação dos prédios públicos:
- 1ª ação: incluiu 52 pessoas físicas e sete empresas suspeitas de financiar o fretamento de ônibus para os atos; medida já concedida pela Justiça Federal.
- 2ª ação: movida em face de 40 pessoas presas em flagrante por participarem da invasão dos prédios e depredação; bloqueio já concedido pela Justiça.
- 3ª ação: incluiu outros 42 presos por participarem da invasão dos prédios e depredação; pedido de bloqueio ainda não apreciado pela Justiça.
- 4ª ação: proposta nesta segunda-feira (6) contra mais 42 detidos em flagrante durante os atos; pedido ainda não apreciado pela Justiça.
As ações foram propostas para assegurar o ressarcimento aos cofres públicos em caso de posterior condenação definitiva dos envolvidos.
Ao todo, cerca de R$ 4,3 milhões só em veículos de pessoas e empresas envolvidas já estão bloqueados.
A AGU também estuda inabilitar empresas que financiaram os atos golpistas do dia 8 de janeiro, ou seja, interromper os serviços das pessoas jurídicas.
Segundo nota da AGU, o órgão está analisando a medida, que está “prevista na legislação e pode ser adotada nesse caso”.
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Atos golpistas
A organização dos atos criminosos começou antes do dia 8 de janeiro.
Diversos ônibus chegaram ao acampamento em frente ao Quartel-General do Exército, em Brasília, no sábado (7) e domingo (8).
No domingo, às 14h, os criminosos percorreram 8 km até a Praça dos Três Poderes, escoltados pela Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF).
Os vândalos invadiram e depredaram o Congresso Nacional, o Palácio do Planalto e o Supremo Tribunal Federal (STF).
Destruíram obras de arte, móveis, quebraram espelhos, vidros e janelas, depredaram computadores e roubaram armas.
Além disso, segundo o Sindicato dos Jornalistas do DF, cerca de 16 jornalistas foram agredidos ou tiveram materiais roubados pelos criminosos.