Em palestra de abertura do 28º Encontro Anual da Indústria Química (Enaiq) 2023, o presidente da República em exercício e ministro do Desenvolvimento, da Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin, afirmou que a reforma tributária vai contribuir com o crescimento econômico do Brasil em 12% nos próximos 15 anos.

Ele destacou também que a reforma é um dos principais instrumentos para dar mais competitividade às empresas brasileiras.

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O evento reuniu representantes de governo, parlamentares, dirigentes da indústria química, setores diversos da indústria nacional e acadêmicos para discutir desafios e as principais pautas do setor.

Ao justificar o porquê do prognóstico, Alckmin citou a simplificação e o fim da cumulatividade.

“A reforma tributária simplifica. (São) cinco impostos sobre consumo transformado em um Imposto sobre Valor Agregado (IVA) dual. Ela desonera completamente investimento e exportação, porque acaba com a cumulatividade e tira um dos instrumentos fundamentais da guerra fiscal, ao passar (a cobrança) da origem para o destino”, disse.

“O juros está em queda, caindo meio por cento a cada reunião do Comitê de Política Monetária (Copom). A inflação está em queda, tínhamos inflação de quase 6% e hoje é de 4,7%. O Risco Brasil, que era 254, hoje é 150, baixou de 2,5% para 1,5%. O PIB está acima do esperado. O desemprego em queda. A bolsa de valores subiu. Mas nós não devemos nos acomodar, temos um grande desafio: melhorar a produtividade”, complementou o presidente em exercício.

Biocombustíveis

Também foi lembrado por Geraldo Alckmin o lançamento da Aliança Global para Biocombustíveis, à margem da Cúpula do G20.

A iniciativa, que conta com a participação dos três principais produtores de biocombustíveis do mundo – Brasil, Estados Unidos e Índia -, reúne 19 países e 12 organizações internacionais com o objetivo de fomentar a produção sustentável e o uso de biocombustíveis no mundo e seguirá aberta a novas adesões.

“Em todas as rotas tecnológicas o Brasil terá um papel importante”, destacou.

A realização COP 30 no Brasil, na cidade de Belém, no Pará, em 2025, também foi abordada como um momento estratégico.

“O mundo hoje depende do BIC (Brasil, Indonésia e Congo), as três florestas tropicais que vão segurar as mudanças climáticas. A pergunta hoje é onde é que faço bem, barato e compenso as emissões de gases de efeito estufa: o Brasil é a grande oportunidade de investimento, por isso já fomos o segundo receptor de Investimento Externo Direto (IED) este ano, atrás apenas dos Estados Unidos”, acrescentou.

Comunidade internacional

Alckmin também pontuou que os debates da comunidade internacional giram em torno de três principais pautas: segurança alimentar, segurança energética e mudança do clima.

“E o Brasil é o grande protagonista. Em segurança alimentar, somos o maior exportador de proteína animal e vegetal. Este ano, passamos os Estados Unidos na exportação de soja, milho e algodão. Temos a energia mais limpa do mundo, a nossa eletricidade é hidroelétrica, solar, renovável e eólica, além de biomassa”, finalizou.

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