A Alemanha vai investir 203 milhões de euros em ações ambientais no Brasil, conforme divulgação realizada nesta segunda-feira (30).
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O anúncio foi feito após a reunião da ministra do Meio Ambiente e da Mudança do Clima, Marina Silva, e da ministra da Cooperação Econômica e Desenvolvimento da Alemanha, Svenja Schulze.
Se convertido em reais, o valor de recursos da Alemanha equivale a R$ 1,1 bilhão. A quantia será dividida em diferentes iniciativas ambientais no país.
Iniciativa que terão aporte Alemanha:
- 80 milhões de euros em empréstimos para agricultores a juros reduzidos para reflorestamento de áreas degradadas;
- 35 milhões de euros para o Fundo Amazônia;
- 31 milhões de euros em apoio aos estados da Amazônia para implementação de medidas para maior proteção florestal e uso sustentável da mata, alinhados com o Plano de Prevenção e Controle do Desmatamento da Amazônia (PPCDAm);
- 29,5 milhões de euros para um Fundo Garantidor de Eficiência Energética para pequenas e médias empresas;
- 13,1 milhões de euros para reflorestamento de áreas degradadas;
- 9 milhões de euros para apoio a dois projetos focados em desenvolvimento sustentável;
- 5,37 milhões de euros para projeto de fortalecimento de energias renováveis nos setores de indústria e transporte.
Crise Yanomami
Mais cedo, a ministra anunciou que recursos do Fundo Amazônia serão deslocados para ações emergenciais para resolução da crise sanitária na Terra Indígena Yanomami.
“É preciso combater a desigualdade com democracia e sustentabilidade”, disse Marina.
Só em 2022, segundo o governo federal, 99 crianças Yanomami morreram. A causa das mortes foi por desnutrição, pneumonia e diarreia, doenças evitáveis.
O agravamento na saúde dos indígenas, com casos graves de desnutrição severa, verminose e malária, ocorreu em meio ao avanço do garimpo ilegal na região.
A estimativa é que em toda a Terra Indígena Yanomami, 570 crianças morreram nos últimos quatro anos, na gestão de Jair Bolsonaro.
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Segundo Marina Silva, as ações são desenvolvidas no nível emergencial, mas também estrutural.
“De médio e longo prazo para que a desintrusão não venha a sofrer revés como já aconteceu no passado”, afirmou.
Serão 17 ministérios que vão trabalhar de forma integrada na questão da Terra Indígena Yanomami.
A ajuda também será para os povos indígenas kayapó e munduruku, que também foram extremamente impactados pelo garimpo ilegal, conforme a ministra.