Unindo tecnologia e pesquisa, alunos da rede estadual desenvolveram um protótipo que visa atender pessoas com deficiência visual em Manaus.

Os alunos da Escola Homero de Miranda Leão desenvolveram um boné automatizado que auxilia na locomoção.

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Equipado com sensores de espaço, o acessório detecta objetos distantes até 60 centímetros do usuário.

A produção do protótipo aconteceu entre maio e novembro de 2022, por seis alunos do Ensino Médio.

A iniciativa teve o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam), pelo Programa Ciência na Escola (PCE).

A parceria proporcionou bolsas de estudo de R$200 e R$700 aos participantes.

Pesquisa em tecnologia

Alunos da Escola Estadual Homero de Miranda Leão – Foto: Eduardo Cavalcante/Secretaria de Estado de Educação e Desporto

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A ideia do protótipo surgiu como uma possibilidade de auxiliar um aluno com deficiência visual da própria escola.

De acordo com o professor de Matemática e idealizador do projeto, Ivan Viana, a iniciativa de pesquisa dos alunos foi fudamental.

“Avançamos muito rápido na produção do boné porque eles tiveram a iniciativa de pesquisar por conta própria. Esses jovens têm muito futuro pela frente, são bastante inteligentes e proativos”, afirmou.

A produção do protótipo iniciou enquanto os estudantes ainda estavam no 2º ano do Ensino Médio.

Atualmente, todos os alunos são finalistas e já planejam o que fazer no Ensino Superior.

Gabriel Fernandes, integrante do projeto, comentou que o contato com a pesquisa em tecnologia o ajudou a decidir qual curso seguir.

“Minha vontade é de cursar Engenharia Mecânica. Depois da experiência que tive, estou buscando me aprimorar na área e, no momento, estou procurando cursos de linguagem de programação. Gosto muito de matemática e robótica, e aqui tive a oportunidade de pôr em prática esses interesses”.

A estudante Yanne Fara, que também integra o projeto, comentou sobre as atividades proporcionadas pelo projeto.

“Apresentamos o boné em duas feiras de ciência, uma aqui na escola e outra no Centro de Convenções Vasco Vasques. Foi uma oportunidade única de conhecer novas pessoas e me inserir. Esse processo foi ainda mais especial porque o projeto tem um objetivo muito bonito, de ajudar os outros”, declarou.

A estudante tem nacionalidade haitiana, e as atividades a auxiliaram em sua adaptação ao novo ambiente e aos colegas.

Protótipo

Para a confecção do boné automatizado foram utilizados dispositivo para geração de sinais sonoros e plataforma de projetos eletrônicos.

Entre os materiais está bateria, sensor ultrassônico, buzzer, fios, linhas de algodão e o arduino.

Por meio da conexão do arduino e do computador, é possível programar os comandos que a placa efetuará depois de acoplada ao boné.

Os alunos foram os responsáveis pela programação, que resultou na criação dos sensores de espaço, peças-chave no projeto.