Uma equipe de cientistas de diferentes universidades do mundo encontraram novos subtipos de proliferação do Alzheimer.

No estudo, pesquisadores analisaram o líquido cefalorraquidiano (LCR) em 419 pacientes e 187 participantes controle. Esse líquido transparente envolve o cérebro e a medula espinhal, conhecido pelo termo “janela para cérebro”.

De acordo com o portal Olhar Digital, confira abaixo quais são os subtipos e como cada um pode ser tratado:

O subtipo 1 foi associado à hiperplasticidade neuronal ou ao crescimento elevado das células cerebrais e aos níveis de proteína tau. A taxa média de sobrevivência foi de 8,9 anos e a abordagem médica mais eficaz foi o tratamento com anticorpos.

O subtipo 2 foi associado à ativação imunológica inata ou o sistema imunológico hiperativo, marcado por grave atrofia cerebral e níveis elevados de tau. Teve uma taxa média de sobrevivência de 6,7 anos, sendo a melhor abordagem de tratamento, não surpreendentemente, os imunossupressores.

O subtipo 3, uma das duas variantes completamente novas, foi associado à desregulação do RNA e apresentou o declínio mais rápido, com uma taxa de sobrevivência média de apenas 5,6 anos. A terapia restauradora de RNA pode ser o caminho de tratamento mais eficaz.

O subtipo 4 foi associado à disfunção no plexo coróide, onde o LCR é produzido, e resultou em crescimento moderado de células cerebrais e problemas nos vasos sanguíneos. Embora os níveis de t-tau e p-tau parecessem normais, este subtipo apresentou a atrofia cerebral mais extrema. A taxa de sobrevivência para este subtipo foi de 7,4 anos, e os pesquisadores determinaram que o tratamento mais eficaz seria a inibição terapêutica da infiltração de monócitos.

Por último, o subtipo 5 foi associado à disfunção da barreira hematoencefálica. Os cientistas descobriram que as pessoas com esta doença de Alzheimer tinham mecanismos de barreira hematoencefálica prejudicados, tornando-as propensas a ter micro-hemorragia e inflamação. O tempo médio de sobrevivência para este subtipo foi de 7,3 anos e seria melhor atendido com tratamentos cerebrovasculares.