Das nove calhas dos rios no Amazonas, cinco estão em processo de enchente e quatro em final de vazante, conforme informações da Defesa Civil do Amazonas.

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Estão em processo de enchente as calhas dos rios Juruá, Purus, Madeira, Alto Solimões e Rio Negro estão.

Já em final de vazante estão as calhas do Médio Solimões, Baixo Solimões, Médio e Baixo Amazonas.

“Essas quatro calhas vão evoluir possivelmente nos próximos dias, já estabelecendo um processo de enchente mais constante, principalmente a partir da próxima semana”, disse o geólogo Igor Jacaúna, da Defesa Civil do Amazonas.

O quadro demonstra, segundo Igor, que os rios do estado estão em processo de transição da vazante para enchente.

“O cenário hidrológico atualmente no nosso estado se encontra em um período que chamamos de transição. É o final do período da vazante para o início do período de enchente. Normalmente, nesse período é comum observar variações do nível do rio. Pode ser que em alguns dias esses níveis subam constantemente e em alguns outros dias ele pode descer também e ter essa variação, mas tendo a tendência ao processo de enchente”, explicou o geólogo da Defesa Civil do Amazonas, Igor Jacaúna.

As calhas são subdivisões das bacias hidrográficas compostas por um rio principal e seus afluentes. A bacia hidrográfica do Amazonas forma o maior sistema fluvial do planeta.

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Ainda na última sexta-feira (28), a cota havia se estabilizado na capital pela primeira vez em mais de quatro meses.

Entre os dias 26 e 27 de outubro, o nível do rio permaneceu em 12,70 metros. Nesta quarta-feira (1), o nível avançou para 13,02 metros.

Segundo o Boletim do Comitê de Intersetorial de Enfrentamento à Situação de Emergência Ambiental, há 60 municípios em situação de emergência e dois em alerta em todo o estado, afetando 598 mil pessoas.