O Ministério Público Federal no Amazonas (MPF-AM) recorreu, nessa quinta-feira (27), da decisão que colocou em liberdade o principal suspeito de ser o mandante dos assassinatos do indigenista Bruno Pereira e do jornalista britânico Dom Phillips.

+ Envie esta notícia no seu Whatsapp

+ Envie esta notícia no seu Telegram

“Colômbia” pagou a fiança no valor de R$ 15 mil e foi solto pela justiça na sexta-feira (21).

Após o cumprimento da decisão, o MPF pediu que a prisão seja restabelecida. De acordo com o Ministério Público Federal, no momento, o pedido aguarda julgamento no Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1).

“O MPF continua atuando perante a Justiça Federal nas investigações do caso”, afirmou o órgão, em nota.

RELACIONADAS

+ Suposto mandante de mortes de Bruno e Dom paga fiança de R$ 15 mil e é solto no AM

+ Caso Bruno e Dom: Justiça Federal do AM autoriza soltura de um dos envolvidos

+ PF leva suspeitos ao local do crime contra jornalista e indigenista para reconstituição, no Amazonas

+ Polícia Federal confirma que restos mortais encontrados no AM são do indigenista Bruno Pereira

O caso

Colômbia foi preso no início de julho, após apresentar identidade falsa ao prestar depoimento na delegacia de Tabatinga, no interior do Amazonas, sobre o homicídio de Bruno e de Dom Phillips.

Na ocasião, o suposto mandante apresentou uma identidade colombiana com outro sobrenome, além do documento brasileiro.

A Polícia Federal investiga a suspeita de que ele teria um terceiro documento, peruano.

Apontado como mandante do crime, Colômbia negou, no depoimento, qualquer envolvimento na morte do indigenista e do jornalista, que fazia reportagens para o jornal The Guardian. A Polícia Federal, no entanto, manteve a linha de investigação.

Bruno e Phillips foram mortos no início de junho, quando viajavam, de barco, pela região do Vale do Javari.

Localizada próxima à fronteira brasileira com o Peru e a Colômbia, a região abriga a Terra Indígena Vale do Javari, a segunda maior do país, com mais de 8,5 milhões de hectares.

A área também abriga o maior número de indígenas isolados ou de contato recente no mundo.

Ao menos oito pessoas estão sendo investigadas por possível participação no duplo assassinato e na ocultação dos cadáveres.

Três dos suspeitos estão presos: Amarildo da Costa Oliveira, conhecido como Pelado, Jefferson da Silva Lima e Oseney da Costa de Oliveira, conhecido como Dos Santos.