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MPT-AM investiga denúncia de assédio moral que envolve alta cúpula da Cigás

Denúncia protocolizada no dia 24 de junho deste ano no Ministério Público do Trabalho do Amazonas (MPT-AM) da 11ª Região traz à tona um escândalo que viola os direitos humanos envolvendo a Companhia de Gás do Estado do Amazonas (Cigás) e que liga diretamente o diretor-presidente da empresa de economia mista, René Levy, na prática de assédio moral contra funcionários do órgão.

Sob investigação do MPT, a notícia de fato está sob sigilo, mas documento em que a reportagem teve acesso aponta que René Levy estaria sendo conivente com a prática de assédio moral encabeçada por uma funcionária de sua confiança e com cargo de destaque na Cigás: Gerente de Riscos e Compliance. O nome dela não foi divulgado.

A denúncia relata, com riqueza de detalhes, que a gerente, por medo de ter seu caso extraconjugal com o diretor-presidente descoberto pelos demais funcionários da empresa começou a praticar uma vigilância excessiva de seus subordinados a ponto de deixar seu celular gravando as conversas no ambiente quando precisa deixar a sala.

Conforme o documento, cuja identidade do denunciante foi preservada, o assédio moral da gerente chegou ao ponto de uma funcionária tentar o suicídio em junho deste ano e, mesmo apresentando atestado médico dos dias que precisou se recuperar, foi vista com desconfiança por parte da “chefe”.

Trecho da denúncia afirma que “a gerente instiga o controle de um colaborador por outro para gerar um clima de tensão e desconfiança para abalar a auto-estima de todos”.

O Portal Norte de Notícias procurou a Cigás para checar as informações da denúncia e ouvir o diretor-presidente a respeito dos fatos. Por meio de sua assessoria de imprensa, a empresa confirmou a existência da denúncia, afirmou que já foi notificada pelo MPT e que está providenciando o envio das informações e esclarecimentos requisitados.

Em nota, a Cigás ressaltou, no entanto, que a empresa valoriza seus funcionários e que não compactua com práticas de assédio moral ou com quaisquer outra prática ou atitude abusiva por parte de seus gestores e colaboradores.

Procurado, o Ministério Público do Trabalho não deu mais informações sobre as investigações.

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