Uma planta misteriosa, descoberta há quase 50 anos, finalmente teve sua identidade relevada após um exame de DNA. A planta chamada de ‘Mistério de Manú’ foi encontrada no Parque Nacional de Manú, que fica localizado na parte peruana da floresta Amazônica.
A planta tem parentesco direto com as Picramniaceae, um pequeno grupo de plantas com flores. Em 1973, o cientista americano Robin Foster viu pela primeira vez a misteriosa planta no parque nacional. Ele ficou encantado com a árvore de 6 metros de altura e com pequenos frutos cor laranja na forma de luminária, que para ele parecia uma luminária chinesa alaranjada e suculenta.
Foster diz que logo de cara consegue identificar a família de plantas, mas com essa foi diferente.
Várias tentativas foram feitas para tentar identificar a espécie, mas sem sucesso. A principal técnica utilizada foi a de tirar fotos do pólen e comparar com arquivos de museus, universidades e laboratórios. Mas nada disso deu resultados satisfatórios.
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Uma amiga de Foster, que era botânica, Nancy Hensold, entrou na saga para descobrir a espécie da planta misteriosa. Após análises de DNA, descobriram com a ajuda da cientista Patrícia Álvarez-Loayza, que os parentes mais próximos da planta eram da família Picramniaceae.
Mas os pesquisadores achavam estranho elas não terem semelhanças, foi quando pediram ajuda do especialista em Picramniaceae, Wayt Thomas.
Após muitos estudos e análises, confirmaram que a planta realmente era inédita, o nome científico escolhido foi Aenigmanu alvareziae, em homenagem a Patrícia Álvarez-Loayza. Apesar da descoberta, essa planta misteriosa já era usada há muito tempo pelo povo indígena Machiguenga, da região do Peru.
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