Ícone do site Portal Norte

Com sequelas, ‘soldados da malária’ contaminados por inseticida lutam para conseguir plano de saúde, no Amazonas

Os ex-combatentes do Anopheles, mais conhecidos como ‘soldados da malária’, lutam até hoje para conseguir o direito de ter um plano de saúde que os ajudem a enfrentar as sequelas deixadas pelo uso inadequado do diclorodifeniltricloroetano (DDT), inseticida usado para combater o mosquito transmissor da malária (Anopheles).

Esse inseticida foi proibido em 1998, mas os trabalhadores que manusearam a substância entre as décadas de 60 e 90 no Brasil, especialmente na Amazônia, continuam sofrendo com as sequelas, que vão de irritabilidade e insônia a doenças pulmonares e cardíacas, entre outras mais graves.

Na época, eles não utilizavam equipamentos adequados para o manuseio do produto. Para borrifar o DDT, eles contavam com um uniforme e um balde de ferro. Não havia luvas, máscaras ou qualquer outro equipamento de proteção individual que evitasse o contato da pele com o produto e muito menos sua inalação.

A PEC que trata da aprovação do plano de saúde para esses trabalhadores aguarda criação de uma Comissão Especial que possa avaliar o tema. A PEC 101 é de autoria do deputado federal Mauro Nazif (PSB-RO). O texto foi aprovado na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) no dia 20 de outubro.

Pressão

Os ex-servidores da antiga Superintendência de Campanhas de Saúde Pública (Sucam) prometem fazer pressão para que a PEC seja aprovada.

“A Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef) enviará uma força-tarefa a Brasília entre 9 e 11 de novembro e o Sindsep-AM fará parte dessa ação. O objetivo é pressionar para a instalação dessa Comissão Especial, permitindo que a pauta continue em andamento”, explica o secretário-geral do Sindicato dos Servidores Públicos Federais no Amazonas (Sindsep-AM), Walter Matos.

Walter alega que esses trabalhadores não conseguem custear os gastos médicos.

“Só no Amazonas, foram centenas de trabalhadores prejudicados pelo DDT. Muitos até já faleceram vítimas de doenças causadas pelo pesticida. Na época, não tínhamos a mesma facilidade de informação que temos hoje, e não fomos orientados sobre o mal que o DDT poderia fazer à saúde humana”, diz Matos.

_________________________________

ACESSE TAMBÉM:

As mais acessadas do dia

‘Me despedi’: Maraisa revela prints da última conversa com Marília Mendonça antes do acidente

 

Assessoria de Marília Mendonça explica motivo de ter divulgado nota ‘Todos estão bem’ após acidente de avião

 

Jovem se declara ao namorado, faz tatuagem gigante no corpo… e termina relação dias depois

 

Homem é morto a tiros após sair de balneário na Zona Leste de Manaus

 

VÍDEO: em seu último show, Marília Mendonça expulsou homem que agrediu mulher: ‘Você só pode tá maluco mesmo, né?’

Sair da versão mobile