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No Amazonas, vereador de Humaitá é cassado por compra de votos nas eleições de 2020

O Ministério Público do Amazonas (MPAM), conseguiu, em juízo, a cassação do vereador de Humaitá Raimundo José da Cruz Santiago (PMDB), que adota o nome político de “Bem-Ti-Vi”. 

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Além da cassação de seu mandato, o Ministério exigiu uma multa de 40.000 (quarenta mil) UFIR’s do vereador.

O candidato concorreu ao cargo público nas Eleições de 2020, no Município de Humaitá, a Km 590 de Manaus. 

Na época, Raimundo, seu filho, o empresário Raimundo José da Cruz Santiago Júnior, e uma autoridade eclesiástica, foram denunciados por estarem envolvidos em um esquema de compra de votos. 

Com a denúncia em mãos, o MPAM começou a investigar o caso, com apoio da Polícia Civil do AM, chegando à descoberta de toda a trama de corrupção do político.

O esquema 

O local para a realização dos pagamentos dos “votos” era a própria casa do político, onde seu filho e o religioso realizavam todo o trâmite das negociações ilegais,  gerando um grande fluxo de pessoas na residência.

No decorrer da apuração dos fatos, o MPAM informa que ficou constatado que “santinhos” e material de campanha estavam escondidos no veículo de Raimundo, bem como significativa quantia em dinheiro e uma listas de possíveis eleitores. 

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O órgão público relata que, em um ato de desespero, durante uma abordagem policial, o filho do vereador jogou um aparelho celular no chão com tanta violência que o dispositivo terminou caindo na piscina da casa, o que impossibilitou que fossem apagadas quaisquer informações do aparelho.

“Pedimos aplicação de multa eleitoral, no máximo legal, e cassação do registro de candidatura ou do diploma do réu, candidato ao cargo de vereador nas Eleições de 2020, no Município de Humaitá”, declarou o Promotor de Justiça Weslei Machado.

Outros crimes

Em 2017, a Polícia Federal deflagrou a Operação Fortress (Fortaleza) e prendeu o vereador José Raimundo por envolvimento com o tráfico de drogas.

Informações da PF dão conta que o vereador era dono de posto de combustível e costumava ostentar os bens que tinha, como carros importados de luxo e até jet ski apreendidos na operação.

Ele foi preso juntamente com o filho Raimundo José da Cruz Santiago Júnior e levado para Porto Velho.

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