Após 14 horas de julgamento, o tribunal do júri da 1.ª Vara da Comarca de Maués, distante a 612 km de Manaus, condenou na noite desta quinta-feira, 24, os réus Alberte da Silva Sarrafe e Maria do Socorro Cavalcante Alencar pelo homicídio de Raimundo Charles Gonzaga da Silva. O crime ocorreu em 25 de setembro de 2017, a motivação seria um conflito entre vizinhos.
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Alberte da Silva Sarrafe foi condenado a 21 anos de reclusão por ter sido o autor das facadas que tiraram a vida da vítima.
Maria do Socorro Cavalcante Alencar foi condenada pelo crime de lesão corporal seguida de morte, uma vez que teria pago para Alberte dar “apenas uma surra” na vítima. À Maria foi aplicada a pena de 8 anos e 8 meses de reclusão, em regime semiaberto.
Além das penas privativas de liberdade, Alberte e Maria do Socorro foram condenados a pagar, solidariamente, uma indenização de R$ 100 mil à família da vítima.
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“Em atenção ao comando previsto no artigo 387, IV do CPP, considerando os danos psicológicos e materiais narrados em plenário do júri pela viúva da vítima, acolho a promoção ministerial contida na denúncia e fixo em R$ 100.000 o valor mínimo para reparação dos danos causados pela infração, a serem arcados de forma solidária pelos condenados Maria do Socorro Cavalcante Alencar e Alberte da Silva Sarrafe”, escreveu o juiz de Direito Lucas Couto Bezerra em trecho da sentença proferida em plenário.
O magistrado acrescentou que, “Conforme apurado em plenário, as circunstâncias do assassinato da vítima, na frente de sua esposa, teve o condão de causar nesta trauma que perdura mesmo já passados quatro anos do crime. Outrossim, a vítima era o único responsável pelo provimento de casa, razão pela qual sua morte representou perda considerável da renda familiar”.
A ré Simara Amazonas Monteiro, companheira de Alberte, e que era acusada de suposta participação no crime, foi absolvida pelo Conselho de Sentença.
Das sentenças ainda cabe apelação.
O crime
Raimundo Charles Gonzaga da Silva, de 55 anos, foi morto com um golpe de faca no peito no 25 de setembro de 2017. O homicídio ocorreu após a vítima, supostamente, invandir 35 centímetros do terreno de Maria, que era zinha de Raimundo.
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