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Especialista explica sobre tecnologia utilizada na construção de aterro sanitário em Iranduba, no AM

Por conta do Marco do Saneamento definido em julho de 2020, as cidades do Brasil devem se adequar as novas normas e padrões estabelecidos até 2024 em relação ao destino final do lixo produzido no país.

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O município de Iranduba (a 28  km de Manaus), no Amazonas, deve receber o primeiro aterro sanitário privado.

E para receber esse aterro de acordo com as normas e legislações sanitárias, tecnologia de ponta será utilizada na implantação do projeto proposto pela empresa Norte Ambiental, e que atualmente está sob análise do Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam).

O objetivo do projeto é transformar o município de Iranduba em referência no país no tratamento e depósito de resíduos sólidos.

As novas tecnologias têm o intuito de isolar o material depositado a eliminar riscos de contaminação do ar, do solo, do lençol freático, afastar animais como urubus e eliminar os impactos ambientais e sociais no descarte de resíduos, ao contrário da atual realidade nos demais municípios do Amazonas, incluindo a capital.  

O professor da Universidade Federal do Amazonas, pós-doutor pela Washington and Lee University, doutor em Ciências da Engenharia Ambiental pela USP, mestre em Biologia de Água Doce e Pesca Interior pelo INPA e consultor técnico do projeto, Carlos Freitas explicou como vai funcionara utilização dessas novas tecnologias.

“Na medida em que forem depositados, os resíduos também serão recobertos com material especial e impermeável para evitar que a água da chuva penetre e também para evitar que mal cheiro contamine o ar e possa atrair animais como urubus e ratos que possam transmitir doenças”, disse o especialista.

A tecnologia também vai coletar o chorume. O líquido será coletado por canaletas internas a cada camada dos depósitos e drenado por uma bomba de sucção especial para ser tratado.

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Geração de energia

Outro material resultante da decomposição dos produtos, os gases responsáveis pela atração de animais como urubus, também serão processados por um sistema que utiliza sensores para captar os resíduos dentro dos depósitos e os canaliza até uma usina de biogás para geração de energia.

“A usina que está prevista no projeto do aterro sanitário da Norte Ambiental irá utilizar essa tecnologia e que além de dar uma destinação correta para os gases, irá gerar energia limpa e de forma sustentável que será revertida para a sociedade”, acrescentou Carlos Freitas.

Freitas explica ainda que toda a área do aterro será monitorada 24 horas por dia por um moderno sistema de segurança para detectar qualquer tipo de anormalidade nas operações.

“A tecnologia irá atuar de forma integrada e terá um papel fundamental em toda a operação, permitindo que a população e os órgãos públicos possam acompanhar e ter acesso inédito no Amazonas, a todas as informações e dados sobre este assunto fundamental para o futuro da nossa região”, afirmou Carlos Freitas.

Foto: divulgação – consultor técnico do projeto Carlos Freitas

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