O pesadelo de todo homem quando inicia um tratamento para combater o câncer de pênis é a possibilidade de a lesão requerer a amputação do órgão sexual.

Mas, diferente do que muitas pessoas pensam, quando diagnosticada na fase inicial, a doença tem cura e o tratamento mais amplo permite a preservação do órgão.

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De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca), apesar de menos comum, a doença representa cerca de 2% de todas as neoplasias malignas em homens no Brasil.

Para esclarecer a população sobre o tema, a Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) realiza, neste mês, uma campanha educativa voltada ao público masculino.

De acordo com o cirurgião urologista Giuseppe Figliuolo, a realidade no Amazonas é bem diferente do que se deseja.

Segundo o médico, que é membro titular da SBU, a maioria dos homens só procura ajuda médica quando a doença já está avançada.

“E essa demora em buscar uma avaliação faz com que mais de 90% dos casos de câncer de pênis sejam diagnosticados tardiamente e necessitem de amputação parcial ou total do órgão, tratamento considerado invasivo, traumático e com inúmeras consequências orgânicas e psicológicas”, destacou o especialista em saúde coletiva.

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O câncer de pênis tem como fatores de risco a higiene inadequada do pênis (facilitando o acúmulo de secreção conhecida como esmegma no prepúcio – pele que recobre o pênis), fimose e as infecções derivadas das DSTs (doenças sexualmente transmissíveis), a exemplo do HPV (Papilomavírus Humano), por exemplo.

Por isso, puxar a pele do pênis na hora do banho, para lavá-lo de forma mais segura e eficaz, é tão importante, conforme o especialista.

Entre as medidas preventivas estão, ainda, o uso do preservativo durante o ato sexual. “Além disso, é importante a higienização após as relações sexuais também”, frisou.

Feridas no pênis que demoram a cicatrizar, úlceras e inflamações merecem atenção redobrada e, quanto mais cedo se buscar ajuda médica, maiores são as chances de detecção precoce e de sucesso no tratamento.

Doença tem relação com o IDH

De acordo com a SBU, o câncer de pênis é mais comum em países com baixo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH).

No Brasil, o câncer de pênis ainda é uma doença frequente, principalmente em algumas regiões do Norte e Nordeste, nas quais o índice de homens acometidos só é menor do que o de alguns países da África subsaariana.

“Dependendo da evolução da doença e sua extensão, os tratamentos indicados podem ser a laser, retirada cirúrgica da lesão com preservação do órgão, uso de medicamentos quimioterápicos, entre outros”, disse o urologista Giuseppe Figliuolo.

Ainda conforme o médico, “se houver um sinal de lesão, procure um urologista, faça uma biópsia e não retarde o tratamento. O câncer de pênis tem cura”, concluiu.

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