Ícone do site Portal Norte

Morte do sargento Lucas Guimarães completa 5 meses; família aguarda prisão de Jordana Freire, Joabson Gomes e de um 4º envolvido no assassinato, em Manaus

O assassinato do sargento Lucas Guimarães, de 29 anos, completou cinco meses no dia 1° de fevereiro de 2022.

Em entrevista exclusiva ao Portal Norte de Notícias, a mãe dele, Livânia Guimarães, falou sobre a angústia de ver os supostos mandantes e uma quarta pessoa envolvida no crime em liberdade.

“Estamos angustiados. As evidências referentes ao assassinato de Lucas são claras, os mandantes do crime são Jordana e Joabson. Também não temos dúvidas de que há um mediador do crime, tão criminoso como esse casal, e que é uma pessoa da confiança deles. Silas, o executor, está preso, mas ainda não é o suficiente”, desabafou Livânia.

– Envie esta notícia no seu Whatsapp

– Envie esta notícia no seu Telegram

Silas Ferreira da Silva, de 26 anos, foi preso no dia 23 de novembro de 2021, suspeito de matar Lucas em uma cafeteria no dia 1º de setembro.

Ele confessou o crime à polícia. A prisão preventiva dele foi convertida em definitiva no dia 15 de dezembro do ano passado.

Em depoimento, Silas disse que a morte do militar foi encomendada por R$ 65 mil e que teve a participação de um intermediário.

A moto e as roupas usadas no dia do crime por Silas foram repassadas por esse intermediário. A polícia continua investigando a identidade do quarto envolvido no crime.

Inquérito

A Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS) continua as investigações sobre o crime.

O inquérito policial ainda está em aberto, visto que há outra pessoa envolvida no assassinato de Lucas Guimarães que ainda não foi identificada.

Somente quando o processo investigativo é concluído, é que a autoridade policial o encaminha ao Ministério Público, que, por sua vez, analisa e apresenta a denúncia à Justiça.

Após o Judiciário aceitar a denúncia é que começa o processo judicial do caso.

O advogado da família, Iuri Albuquerque Gonçalves, afirmou que segue acompanhando os trabalhos de investigação.

Ele aguarda o fim do inquérito e todo o tramite para que possa representar a família de Lucas na Justiça.

Livânia aguarda a conclusão do inquérito da morte do filho e acredita que haverá justiça.

“Os quatro envolvidos são criminosos e culpados pela morte do meu filho, contudo estamos aguardando a conclusão do inquérito. Esperar é o que nos resta, porém, acredito que quem espera em Deus alcança seus propósitos. Eu espero também pela Justiça de Manaus, que tem a competência para resolver este caso de homicídio tão claro para todos nós, família e a sociedade brasileira, pois esse caso, pela tamanha covardia desse casal, teve repercussão nacional”, comentou a mãe da vítima.

_____________________________________

RELACIONADAS

Exclusivo: pais do sargento Lucas Guimarães quebram o silêncio e falam do assassinato do filho

Exclusivo: irmão do sargento Lucas Guimarães relata as ameaças ao militar semanas antes do crime na cafeteria, em Manaus

EXCLUSIVO: telefonemas anônimos, divórcio e medo; viúva narra últimos dias do sargento Lucas Guimarães antes de ser morto na cafeteria, em Manaus

Veja vídeo do momento em que empresário é morto em cafeteria de Manaus; polícia busca criminoso

_____________________________________

Jordana e Joabson

O empresário Joabson Gomes e Jordana Azevedo Freire tiveram o mandado de prisão expedido no dia 29 de setembro de 2021. O casal é suspeito de encomendar a morte do sargento Lucas Guimarães.

O casal ficou somente 17 dias preso. No dia 10 de novembro, Joabson e Jordana foram soltos após um habeas corpus do Superior Tribunal de Justiça (STJ).

A mãe de Lucas tem esperança de que o casal seja levado à Justiça, e que mesmo sendo dono de uma rede de supermercados em Manaus, o poder aquisitivo não o livre da prisão.

“Estamos atentos 24 horas. Se esse casal espera que o dinheiro o livre dessa culpa, está enganado. A Deus ninguém engana e a Justiça, embora simbolicamente tenha a venda nos olhos, não é cega diante de fatos e verdades. Temos a esperança e a certeza de que esse crime não ficará impune. Talvez os assassinos estivessem acostumados a pensar e a agir como se o dinheiro pudesse dominar tudo e todos, mas não é bem assim. Continuo a dizer que há pessoas de reta ética na Justiça e na polícia desse Estado. A mesma Justiça que deu o habeas corpus é a mesma que irá prendê-los”, expressou Livânia Guimarães.

Jordana e Joabson foram procurados para se pronunciarem, porém, o advogado do casal, Raphael Grosso Filho, informou que o “casal não tem interesse em se manifestar”.

Crueldade

O motivo torpe do crime ainda causa indignação à família, que questiona a sanidade de Jordana e Joabson.

“Fico me perguntando como pessoas tão cruéis como esse casal, que procura resolver seus problemas matando as pessoas, conseguem olhar para seus filhos e sentirem-se exemplos para eles? Ainda penso que é a relação doentia de ódio, de inveja, de ciúme, de traição que os mantém unidos. Dois psicopatas que se juntaram a Silas e ao mediador. Mas tudo tem fim. Como eu disse anteriormente, a Deus ninguém engana, Ele é o maior, soberano, julga todos e está conduzindo essa Justiça”, declarou.

O assassinato de Lucas trouxe dor não somente aos pais dele, mas também aos filhos e à mulher.

“O mal que fizeram aos meus netos, à minha nora e à toda minha família, entrego à misericórdia de Deus, porque Ele, sim, fará a perfeita Justiça”, disse.

À Espera do julgamento

A família de Lucas Guimarães aguarda que os suspeitos do crime sejam presos e levados à Justiça.

“Aguardamos ansiosamente pelo julgamento desses quatro perversos, que não sabem honrar a própria vida, por isso matam pessoas”, finalizou a mãe do sargento.

Relembre o caso

O empresário e militar Lucas Ramon, de 29 anos, foi assassinado com tiros na cabeça na noite do dia 1º de setembro de 2021.

O crime aconteceu em uma cafeteria localizada na Avenida Ayrão, próximo à Boulevard Álvaro Maia, no bairro Praça 14 de Janeiro, Zona Sul de Manaus.

Segundo a polícia, a vítima era 3º sargento do Exército Brasileiro e estava na cafeteria, da qual era proprietário, quando um homem entrou no estabelecimento se passando por cliente, perguntou por Lucas, e em seguida sacou uma arma e disparou contra a vítima.

Lucas ainda chegou a ser socorrido e encaminhado ao Hospital Santa Júlia, mas não resistiu aos ferimentos.  

Após os disparos, o assassino, que deixou uma moto ligada antes da execução, fugiu do local sem ser identificado.

O sargento Lucas era genro do dono de um hospital particular em Manaus. A mulher dele estava grávida do 2º filho.

_______________________________________

ACESSE TAMBÉM MAIS LIDAS

 

 
 

 
 

 
 

 

Sair da versão mobile