Com o início da invasão russa na Ucrânia, muitas dúvidas surgem em relação ao impacto que essa guerra pode causar no Brasil e no Amazonas.

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A repórter Samira Benoliel conversou com o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária (FAEA), Muni Lourenço, para saber quais os impactos que a guerra pode causa no setor agropecuário no Amazonas.

Segundo ele, cerca de 40% dos fertilizantes que são produzidos na Rússia são enviados para o Amazonas e que com o conflito, o produto pode ser encarecido.

“Nós estamos acompanhando com muita preocupação a deflagração da guerra no leste europeu, porque nós do setor agropecuário, o agronegócio, já estávamos há quase 1 ano enfrentando uma trajetória de alta de disparada dos preços dos fertilizantes, principalmente pelo desarranjo da cadeira produtiva de fertilizantes no mundo em função da pandemia”, disse.

Ele explicou ainda que tanto a Rússia quanto a Bielorrússia, que estão no centro da guerra, são grades produtores e fornecedores de fertilizantes para o mundo e também para o Brasil.

“Vamos acompanhar o desenrolar disso tudo, mas certamente impactos podem surgir dessa guerra para o desenvolvimento econômico, não só do setor agropecuário, mas também a própria inflação, o aumento da taxa de juros e isso pode trazer retração para a nossa economia”.

Muni disse também que o aumento do preço dos fertilizantes pode impactar nos preços dos alimentos no país.

“O fertilizante é um insumo muito importante como custo de produção para produtividade da produção de alimentos, o aumento da escassez e o aumento do preço dos fertilizantes podem impactar também nos preços dos alimentos”.

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Para ele, a saída seria encerrar com a guerra o quanto antes ou encontrar outros meios para o país buscar uma maior autossuficiência.

“A saída é que a gente possa explorar as nossas jazidas minerais que nós temos e que podem possibilitar uma maior autossuficiência do Brasil no que diz respeito a questão de adubos e fertilizantes, um exemplo aqui no nosso estado, é o nosso potencial do cloreto de potássio. Um momento como esse mostra a importância de encontrarmos caminhos para que a gente possa explorar de forma sustentável esses recursos”, disse.

Já para o presidente da Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (FIEAM), Antonio Carlos da Silva, os impactos podem surgir por conta dos embargos de outros países.

“Com essa nova ameaça, entendo eu que momentaneamente nós não teremos reflexo, mas se continuar, por conta dos embargos que deverão ser colocados por outros países, principalmente pelo governo norte americano, ai poderemos ter consequências sim”, explicou.

Veja vídeo:

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