O estudo “Estratégias para o monitoramento da saúde de mamíferos aquáticos da Amazônia” está monitorando duas espécies de mamíferos aquáticos da região amazônica, ameaçadas de extinção.

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A pesquisa foi desenvolvida no âmbito do Programa de Apoio à Pesquisa (Universal Amazonas) e monitorou os parâmetros de saúde do peixe-boi da Amazônia e do boto vermelho.

De acordo com o estudo desenvolvido por pesquisadores do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), os cientistas analisaram espécies mantidas em cativeiro na sede do Inpa, em semicativeiro no município de Manacapuru, a 68 km de Manaus, e em vida livre na Reserva de Desenvolvimento Sustentável de Mamirauá.

“A avaliação da saúde de golfinhos de vida livre ocorre em poucos locais do mundo devido às dificuldades logísticas e o alto custo para tais operações. Aqui no Brasil, esse tipo de estudo já é feito há mais de 20 anos pela equipe do Laboratório de Mamíferos Aquáticos do Inpa no âmbito do Projeto Boto, coordenado pela Dra. Vera da Silva. Os golfinhos são considerados sentinelas do meio ambiente e a sua saúde pode estar alterada em ambientes impactados pelo homem,” explicou a coordenadora da pesquisa, a doutora em Reprodução Animal, Daniela Mello.

Foto: Daniela Melo- Arquivo pessoal

O estudo possibilitou a análise dos parâmetros de saúde físico e fisiológicos dos animais, entre os quais, coleta de sangue, urina, fezes, verificação de peso e biometria corporal, frequência cardíaca e respiratória, saturação de oxigênio, temperatura, além da checagem da presença de bactérias, fungos e doenças com potencial zoonótico ou epizootico.

“Nesse sentido foi investigada a ocorrência potencial de doenças bacterianas tais como salmonelose, clostridiose, leptospirose e brucelose. Além de doenças parasitárias como giardíase, criptosporidiose e toxoplasmose. Esses exames foram particularmente importantes para os animais selecionados que foram devolvidos ao meio ambiente, já que não devem ser vetores de doenças ou parasitas para os mamíferos selvagens de vida livre”, afirmou a pesquisadora.

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