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Homem acusado de estuprar e matar atleta britânica Emma Kelty no AM é condenado a 29 anos de prisão

Arthur Gomes da Silva, um dos envolvidos no assassinato da atleta de canoagem britânica Emma Kelty, recebeu a pena de 29 anos, 11 meses e 7 dias de reclusão, em regime fechado, pelo crime de latrocínio, estupro, corrupção de menores e ocultação de cadáver. 

O julgamento ocorreu no dia 29 de julho e foi presidido pelo Juiz Fábio Lopes Alfaia.

A soma das penas ficou em 32 anos, 6 meses e 1 dia de pena privativa de liberdade. Excluído o período em que o réu esteve em prisão cautelar, a pena concreta e definitiva é de 29 anos, 11 meses e 7 dias de reclusão em regime inicialmente fechado, mais 234 dias-multa, a ser recolhida ao Fundo Penitenciário Estadual.

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Julgamento

Em novembro de 2018, o Ministério Público do Amazonas ofereceu denúncia contra seis pessoas envolvidas no crime: Arthur Gomes da Silva, Jardel Pinheiro Gomes, Erinei Ferreira da Silva, Elionai Cordovil da Silva, Valtemir Andrade de Lima e Erinilson Ferreira da Silva.

No julgamento de Arthur Gomes da Silva, todos os pedidos feitos pelo Ministério Público foram julgados procedentes.

O réu recebeu a pena de 29 anos, 11 meses e 07 dias de reclusão, em regime inicialmente fechado, pelo crime de latrocínio, estupro, corrupção de menores e ocultação de cadáver, porém, o Promotor Titular informa que já está recorrendo da decisão para aumentar a pena aplicada.

Em razão do falecimento do réu Jardel Pinheiro Gomes, ocorrido em agosto de 2020, o Ministério Público solicitou e o Juiz declarou a extinção da sua punibilidade, na forma do art. 107, I, do Código Penal e art. 62, do Código de Processo Penal.

Os demais envolvidos foram denunciados em razão do crime de receptação, pois não participaram do latrocínio, já que compraram dos criminosos os produtos subtraídos da vítima (receptação), contudo, a eles fora oferecido SURSIS processual.

Relembre o crime

O caso, de repercussão internacional, ocorreu em setembro de 2017, na praia do Boieiro, próximo à Comunidade Lauro Sodré, Zona Rural de Coari.

Emma Kelty, de 43 anos, era diretora de escola na Inglaterra e fazia turismo de aventura, que incluiu parte do Polo Sul e descer o curso superior do rio Solimões até chegar em sua foz.

Usuária ativa das redes sociais, Kelty havia enviado seu último tuíte no dia 13 de setembro, perto de Coari, em que disse ter encontrado a “três lugares adoráveis”, em contraste com seu tuíte anterior, no qual descreve ter visto de 30 a 50 homens “armados de rifles e flechas” em barcos.

A polícia foi mobilizada depois que uma empresa sinalizou que o  localizador de emergência de Kelty havia sido ativado.

Pouco depois, a roupa e o sapatos da turista foram encontrados na ilha Boeiro, onde ela havia acampado, a cerca de 360 km de Manaus.

Segundo as autoridades, um jovem de 17 anos confessou fazer parte de um grupo de sete pessoas que matou a britânica, roubando seus equipamentos eletrônicos e seu dinheiro.

“O adolescente informou que a britânica foi atingida por dois tiros de espingarda calibre 20, com o cano serrado, e depois os infratores jogaram o corpo da mulher no Rio Solimões”, informou um comunicado policial.

O adolescente foi detido em Codajás, a aproximadamente 100 km de Coari, onde os suspeitos teriam tentado vender dois celulares, um tablet e uma câmera GoPro que pertenciam a Kelty.

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