A análise do indicador de extrema pobreza em 2021 (US$ 1,90 Poder de Paridade de Compra – PPC) mostra um agravamento em relação ao ano de 2020 no Amazonas.
O crescimento de 1,8 ponto percentual demonstra que 14,3% da população em 2021, aproximadamente 587 mil pessoas, estão nessa condição.
Os dados são da Síntese de indicadores sociais – 2022, uma análise das condições de vida da população brasileira, divulgados nesta sexta-feira (2) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
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Extrema pobreza e pobreza na capital e no Amazonas
Segundo os dados do IBGE, o Amazonas melhorou sua posição no ranking nacional, porém teve aumento do percentual de pessoas nesse grupo, entre 2020 (44,5%) e 2021 (50,8%), e alcançou 2.082.000 pessoas.
Em 2021, o Amazonas registrou 587 mil pessoas na linha da extrema pobreza, e 2.084.000 em situação de pobreza.
Em Manaus, a situação da extrema pobreza voltou a subir em 2021, passando de 6,5%, em 2020, para 8,7%, em 2021, alcançando em torno de 195 mil pessoas.
Já na faixa da pobreza, a capital aumentou 8,1 pontos percentuais em relação a 2020, passando de 30,5% para 38,6%, incluindo mais 192 mil pessoas na linha da pobreza, com rendimento de R$ 484/mensal.
Classificação
A pobreza monetária refere-se unicamente à insuficiência de rendimentos das famílias para provisão de seu bem-estar.
As pessoas são classificadas em relação às chamadas linhas de pobreza, podendo estar abaixo (pobres) ou acima delas (não pobres).
Para fins de comparação internacional, o Banco Mundial definiu três linhas de pobreza cujos valores dependem dos níveis de renda dos países.
A linha de extrema pobreza está fixada atualmente em US$ 1,90 por dia em termos de Poder de Paridade de Compra – PPC (ou, em inglês, PPP, purchasing power parity).
A partir de 2017, foram adicionadas as medidas de US$ 3,20 e US$ 5,50, sendo a primeira direcionada a países de renda média-baixa e a última para países de renda média-alta, como o Brasil.
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Índice no AM
O índice revelou um agravamento da pobreza no Amazonas. Os dados também registraram um crescimento entre os dois últimos anos da série, chegando a uma proporção de 58,8% de pobres em 2021, 6,3 pontos percentuais superior a 2020.
Se não fossem os benefícios de programas sociais governamentais, o quadro da extrema pobreza e da pobreza seria mais grave no Estado.
Os extremamente pobres (US$ 1,90 PPC) alcançariam 21,5% da população em 2021. Já os pobres (linha US$ 5,50 PPC), chegariam a 54,5% dos habitantes do estado.
Melhora na colocação em 2020
Em 2020, o Amazonas ficou com segundo maior percentual do Brasil na extrema pobreza.
Já em 2021, o Estado melhorou sua colocação, mesmo tendo aumentado a proporção de pessoas nessa condição; passando de 12,5%, em 2020, para 14,3%, em 2021.
Essa ‘melhora’ na colocação ocorre pelo fato dos outros estados terem crescimentos bem maiores no indicador: Maranhão, de 14,4 para 21,1%, Pernambuco, de 11,8% para 18,7%, Acre, de 10,2% para 16,5%, e Bahia, de 9,9% para 15,8%.