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IBGE: Atenção primária à saúde no AM é avaliada com índice acima da média Brasil

Atendimento de saúde no Amazonas - Foto: Divulgação/SES-AM

Atendimento de saúde no Amazonas - Foto: Divulgação/SES-AM

O Amazonas obteve avaliação acima da média Brasil no Serviço da Atenção primária à saúde, divulgou nesta quinta-feira (22) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), por meio da PNAD Contínua – Atenção Primária à Saúde Infantil.

As notas são definidas pelos responsáveis por crianças após atendimento em unidades de saúde.

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A avaliação gerou um indicador de satisfação com score 33, índice superior ao do país e da Região Norte (ambos com 28).

O indicador é conhecido como Net Promoter Score (NPS).

O índice aponta que tanto o país, como a região e o Estado estão em zona de aperfeiçoamento do serviço.

Apesar do número positivo no atendimento à saúde primária, de acordo com o instrumento internacional de pesquisa, Primary Care Assessment Tool (PCATool), o Amazonas apresentou o segundo índice mais baixo do Brasil (4,9) na avaliação de atributos técnicos. Ficou acima apenas de Rondônia (4,8).

Nesta última avaliação, os participantes da pesquisa avaliam, entre outras coisas, facilidade para uso dos serviços de saúde; regularidade do serviço e seu uso consistente ao longo do tempo.

Estudo de campo

No segundo trimestre de 2022, o IBGE, em parceria com o Ministério da Saúde, levou a campo pela primeira vez o módulo da PNAD Contínua sobre a Atenção Primária à Saúde Infantil.

O questionário foi aplicado junto a responsáveis pela saúde de crianças menores de 13 anos de idade que tiveram pelo menos um atendimento na Unidade Básica de Saúde ou Unidade de Saúde Familiar, popularmente chamados de “posto de saúde”, “centro de saúde”, “unidade de saúde da família” etc.

Avaliação do atendimento a crianças no AM

De acordo com a pesquisa, 828 mil crianças com menos de 13 anos de idade utilizaram algum serviço de atenção primária à saúde (médico, dentista, exames, vacinação, nebulização (inalação) etc.), nos últimos 12 meses, no Amazonas.

Em relação a estes atendimentos, 394 mil (47,5%) responsáveis pelos cuidados de saúde da criança atribuíram notas 9 a 10 ao serviço de saúde prestado; 317 mil (38,2%), notas 7 a 8, e 118 mil, notas de 0 a 6 (14,2%).

As notas atribuídas no Amazonas ao serviço de saúde geraram o indicador de satisfação, conhecido como Net Promoter Score (NPS) de 33, índice superior ao do Brasil e Região Norte (ambos com 28).

O mais alto foi o do Rio Grande do Sul (41) e o mais baixo, o do Rio Grande do Norte (13).

Com NPS de 33, o serviço de Atenção Primária à Saúde avaliado pelos responsáveis das crianças menores de 13 anos atendidas por esse serviço, no Amazonas, encontra-se em zona de aperfeiçoamento (de 0 a 50), de acordo com o parâmetro utilizado pelo NPS.

Diretoria de Pesquisa, Coordenação de Pesquisa por Amostra de Domicílios – Imagem: IBGE

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Avaliação de atributos técnicos da Atenção Primária à Saúde

No módulo Atenção Primária à Saúde, o principal indicador é o escore geral do PCATool, que avalia os atributos da Atenção Primária à Saúde por meio dos respectivos escores de avaliação.

A escala varia de 0 a 10, e um escore acima de 6,6 aponta que os serviços ofertados estão orientados para atender com qualidade de acordo com o preconizado pela Atenção Primária à Saúde.

Entre os atributos, estão a facilidade para uso dos serviços de saúde; regularidade do serviço e seu uso consistente ao longo do tempo; capacidade de garantir continuidade da atenção, por meio da equipe de saúde; conjunto de serviços prestados; interação da equipe de saúde com a família e necessidade das necessidades familiares.

Para o Brasil, o escore geral obtido no indicador PCATool, em 2022, foi 5,7.

Embora a distribuição de pessoas que utilizaram o serviço de saúde seja bastante desigual regionalmente, a percepção geral desses usuários foi similar entre as Grandes Regiões: Sul obteve o maior escore geral (6,0) e Norte, o menor (5,4). As demais Regiões apresentaram escores gerais muito próximos: Nordeste e Centro-Oeste (5,7) e Sudeste (5,6).

As Unidades da Federação com valores iguais ou superiores a 6,0 foram os Estados do Paraná (6,0), Santa Catarina (6,1), Rio Grande do Sul (6,0), Mato Grosso (6,4) e Distrito Federal (6,1).

Nenhuma Unidade da Federação atingiu a estimativa igual ou superior a 6,6, considerado o padrão-mínimo de qualidade para avaliação do grau de extensão e desenvolvimento dos serviços de Atenção Primária à Saúde no SUS.

Os resultados sugerem que Rondônia, Amazonas, Amapá, Goiás e Maranhão, avaliam com menores escores gerais os serviços prestados da Atenção Primária à Saúde em suas localidades, tendo em vista a avaliação de seus atributos.

Escore Geral de Atenção Primária à Saúde de crianças menores de 13 anos de idade que realizaram consulta médica nos últimos 12 meses – Brasil, Grandes Regiões e Unidades de Federação- 2022 – Imagem: Divulgação/ IBGE
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