O Amazonas encerrou o ano de 2022 com a notificação de 50.514 casos de malária. O dado representa redução de 17,4% em relação a 2021 (61.166 casos).

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Segundo a Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas – Drª Rosemary Costa Pinto (FVS-RCP), é o menor número de casos da doença nos últimos quatro anos.

Foram registrados 58.907 casos em 2020, 65.304 casos em 2019 e 73.411 casos em 2018 da doença.

Os dados, fornecidos pelos municípios, podem ser encontrados no painel de indicadores de malária no Amazonas.

Malária no Amazonas

Segundo a gerente de Doenças de Transmissão Vetorial – Malária da FVS, Myrna Barata, a malária é uma das principais doenças endêmicas no estado.

“O Amazonas tem um trabalho fortalecido no combate à malária, em conjunto com todas as secretarias municipais de saúde, com o objetivo de eliminar a doença no estado”, destaca.

Myrna ressalta que diversas ações foram adotadas para que houvesse a redução de notificações da doença, como o investimento em equipamentos para o combate à doença nos municípios.

A profissional destaca as bombas de borrificação intradomiciliar, botes e microscópios para fortalecer as ações de enfrentamento que são realizadas.

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Eliminação da doença

O estado tem o compromisso de eliminação da doença até 2035. A meta faz parte do plano nacional do Ministério da Saúde.

O plano do MS pretende diminuir o número de casos autóctones (transmitidos dentro do país) da doença para menos de 68 mil até 2025.

Também no plano, há o desafio de reduzir a quantidade de óbitos para zero até 2030, e eliminar no território brasileiro até 2035.

Para alcançar esse cenário, diversas ações da Vigilância Ambiental foram realizadas em todo o estado no enfrentamento da doença.

Durante o ano de 2022, foram realizados 623.034 exames para diagnóstico, dos quais 31.660 foram tratados, incluindo tratamento dos pacientes que apresentaram recaída da doença.

Malária vivax

Com uso do medicamento tafenoquina, o tratamento da doença tipo vivax é realizado em três dias.

Manaus e Porto Velho (RO) são as primeiras cidades do mundo a utilizarem a medicação para o estudo.

A iniciativa é do Ministério da Saúde e, no Amazonas, é ação integrada entre SES-AM, FVS-RCP, Fundação de Medicina Tropical – Heitor Vieira Dourado (FMT-HVD) e Secretaria Municipal de Saúde de Manaus (Semsa/Manaus).