A terceira audiência pública sobre a implantação do aterro sanitário em Iranduba, a 27 km de Manaus, será realizada no domingo (22), na Escola Estadual de Tempo Integral Maria Izabel Xavier Desterro e Silva, localizada no Km 1, da rodovia Carlos Braga (AM-070).

A audiência será promovida pela empresa Norte Ambiental e pelo Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam).

A implantação do aterro sanitário prevê solução definitiva para o problema da destinação final de resíduos sólidos e o fim do lixão irregular no município.

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A Norte Ambiental, empresa autora do projeto para construção do aterro sanitário, irá apresentar e debater com representantes de órgãos públicos e moradores do município, o Estudo e Relatório de Impactos Ambientais (EIA/RIMA) da estrutura.

Será o primeiro projeto da Região Norte que atenderá todas as normas e regulamentos determinados pela legislação para o descarte e destinação correta de resíduos.

“Este é um projeto socioambiental que colocará o Amazonas na dianteira da sustentabilidade e da proteção ambiental em todo o país. Por isso, a participação de todos os setores da sociedade é fundamental para contribuir com o projeto e para que o meio ambiente seja respeitado e a população beneficiada de forma direta”, afirmou Cristina Pietzsch, representante da Norte Ambiental.

Aterro sanitário x Lixão

Atualmente em Iranduba, assim como em todos os demais municípios do Amazonas, os resíduos das casas, comércio e empresas são despejados em lixões irregulares.

Situado em um ramal da Estrada do Janauari e dentro da Área de Proteção Ambiental (APA) Margem Direita do Rio Negro, o lixão de Iranduba já afeta diretamente a fauna e a flora da região, além da saúde dos moradores que residem na área.

O aterro sanitário proposto pela Norte Ambiental é uma iniciativa privada e que não irá utilizar recursos públicos para sua implantação.

Ele foi elaborado por uma equipe multidisciplinar e que quando estiver em funcionamento possibilitará o descarte e depósito correto dos resíduos, além da proteção do solo, do ar e dos lençóis freáticos.

A área dele será impermeabilizada com camadas de materiais especiais, e o chorume, material proveniente da decomposição do lixo orgânico, será recolhido e não será despejado no meio ambiente como acontece atualmente.

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Ecossustentabilidade

O projeto do aterro sanitário também prevê a geração de dezenas de postos de trabalho diretos e indiretos em Iranduba.

Além disso, também deve promover a reciclagem de produtos, a melhoria na qualidade de vida da população do município e a eliminação completa de urubus, ratos e insetos transmissores de doenças, assim como do frequente mal cheiro comum nos depósitos irregulares, uma vez que todo o material será remanejado e coberto.

O doutor em Ciências da Engenharia Ambiental, mestre em Biologia de Água Doce e Pesca Interior, professor da Ufam e integrante do Instituto Piatam, Carlos de Carvalho Freitas destaca ainda, que a Legislação Federal determina que todos os municípios brasileiros têm até 2024 para eliminar de uma vez por todas os “lixões”.

“Além do controle interno, o aterro será regulamentado e permanentemente fiscalizado pelos órgãos ambientais e quando estiver em operação será uma vitória ambiental e social para Iranduba e o Amazonas. A ecossustentabilidade só pode ser alcançada quando os resíduos são tratados de forma adequada e a outra opção é seguir fechando os olhos e deixar que o meio ambiente e a Amazônia seja atacada e destruída”, alertou Freitas.