A Operação Jacuixito do Exército Brasileiro destruiu, nesta sexta-feira (31), cinco balsas de garimpo ilegal na Terra Indígena do Vale do Javari, no Amazonas.
A ação é conduzida pelo Comando Militar da Amazônia (CMA), por intermédio da 16ª Brigada de Infantaria de Selva, e dá suporte aos agentes do IBAMA.
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As embarcações ilegais foram localizadas após levantamento de inteligência e suas posições confirmadas por meio de patrulha fluvial no rio Jandiatuba e no igarapé Boa Vista.
Prejuízo ao garimpo ilegal
Conforme informações do CMA, cada balsa é avaliada em aproximadamente R$ 600 mil e é capaz de extrair cerca de 2,5 quilos de ouro por mês, rendendo mais de R$ 800 mil no mercado ilegal.
O prejuízo gerado à atividade de garimpo ilegal na região chega, portanto, perto de R$ 7 milhões em um único mês de atividade.
As tropas do Comando Militar da Amazônia intensificaram o patrulhamento na região do Vale do Javari no início do mês de março, quando foram deslocados meios logísticos para a região.
A Operação Jacuixito tem o objetivo de fortalecer a presença do Exército na região, coibindo e combatendo crimes transfronteiriços e ambientais como garimpo, pesca e caça ilegais, tráfico de drogas e armas, e extração de madeira.
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Assistência
Além da atividade operacional contra o garimpo ilegal e outras práticas criminosas, o Exército Brasileiro ofereceu serviços às populações locais.
As etnias indígenas dos Mayuruna, Marubo, Matis e Kanamari receberam atendimento médico e odontológico no município de Atalaia do Norte, a 1.138 km em linha reta de Manaus-AM).
Os atendimentos dos militares se estenderam também para Aldeia Massapê, localizada no extremo oeste do Amazonas, às margens do rio Itaquaí, na Terra Indígena Vale do Javari.
Ao todo, foram realizadas 827 consultas e 1706 procedimentos, incluindo aplicação de vacinas e exames laboratoriais.
Estiveram presentes diversas especialidades, como pediatria, ginecologia, mastologia, ortopedia, gastroenterologia e dermatologia tropical, além de clínica médica geral.
Vigilância
Para os próximos meses, o CMA planeja investir ainda mais em tecnologias de monitoramento e inteligência, principalmente nos Pelotões Especiais Fronteira, sentinelas permanentes do Exército Brasileiro na Amazônia Ocidental.
Além disso, serão intensificadas as missões de apoio e de instrução aos militares, com foco em técnicas, táticas e procedimentos de Guerra na Selva, inteligência e logística.
O balanço parcial da Operação Jacuixito aponta para uma redução significativa em diversos índices de crimes transfronteiriços e ambientais no Vale do Javari.
A presença do Exército Brasileiro deve ser mantida na região por tempo indeterminado, garantindo a soberania do Brasil na Amazônia Ocidental.