Os deputados da Assembleia Legislativa do Amazonas (ALE-AM) subiram à tribuna, na manhã desta segunda-feira (28), para criticar o aterro sanitário construído na BR-174, em Manaus.

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O deputado João Luiz (Republicanos) questionou a decisão tomada, segundo ele, sem o conhecimento da sociedade e dos parlamentares.

“Eu trago a preocupação com a mudança do lixão que funciona hoje na AM-010 e irá para BR-174. Transferir esse lixão para às margens do rio, sem consultar a população, sem realizar uma audiência pública é errado. A construção desse lixão irregular é danosa a sociedade. O que nos assusta é como o Ipaam liberou uma licença provisória para dar início a esse processo? Essa é a resposta que nós vamos buscar, juntamente com toda Casa, para saber o porquê? Nós temos que preservar fauna e flora”, comentou o deputado.

Na Aleam, Wilker Barrato (Cidadania) solicitou a revogação imediata da licença concedida pelo órgão ambiental.

“Esse assunto eu já trago há dois anos, licenciado, de forma indevida. O Amazonas precisa da revogação imediata e o segundo ponto, já peço que a comissão veja o que já foi feito de dano ao meio ambiente naquele local. As gerações futuras, estamos negligenciando, legislar em uma pauta verde. O que não podemos permitir é essa bomba relógio, que daqui a 10 e 20 anos, essa legislatura ser taxada como negligente e omissa”, afirmou Barreto.

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O deputado Rozenha (PMB) também pediu para que a Casa Legislativa se movimentasse para vetar a licença do Ipaam.

“Essa Casa deve e já está se posicionando em relação em coibir essa licença, esse aterro foi construído de forma obscura, com a nítida razão de não deixar a sociedade a par da gravidade desse problema. O futuro depende desse presente, da decisão que essa Casa toma hoje, batendo frontalmente contra a construção de um lixão que irá poluir a bacia hidrográfica e ferir a vida dos moradores”, enfatizou.

Juntamente com os colegas do parlamento amazonense, Alessandra Campêlo (MDB) também se posicionou contra a decisão a construção do aterro.

“Eu sou contra aquele aterro sanitário que pretende poluir o igarapé do Tarumã. Nós já sofremos a consequência do aterro da AM-010. Para resolver o problema da AM-010, a gente vai criar um problema maior ainda? Essa não é a solução” afirmou a deputada.

Construção do aterro

Na semana passada, a Câmara Municipal de Manaus (CMM) divulgou uma representação junto ao Ministério Público do Estado do Amazonas (MPE-AM) contra a construção de um aterro sanitário em uma Área de Proteção Permanente (APP) localizada na BR-174.

A afirmação ocorreu na terça-feira (22), durante fala do presidente da Casa, o vereador Caio André (Podemos).

A ativação do aterro pode poluir o igarapé do Leão, um dos maiores afluentes do Rio Tarumã.

O tema também ganhou repercussão entre políticos locais, que reprovam o projeto.

Um documento de maio deste ano, do Ipaam, revelou que o aterro sanitário na AAP, na BR-174, classifica o local com “grande potencial poluidor e degradador”.

Assista ao vídeo dos deputados: