No último final de semana, a comunidade de Arumã, no município de Beruri, interior do Amazonas, foi completamente atingida por um deslizamento.
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Especialistas locais apontam que o desmoronamento pode ter relação com a seca que atinge o estado.
Isso porque o fenômeno denominado “terras caídas”, que são os deslizamentos de terra, é consequência da ação da água nas margens dos rios, que causa erosão do solo.
A explicação seria que as áreas de deslizamentos são banhas por rios, que durante a cheia, ficam com o solo extremamente encharcado.
Durante a cheia, a água do rio absorve a pressão do solo molhado.
Quando chega a seca, o nível dos rios baixa e a margem se distancia do solo.
Esse solo, entretanto, ainda não conseguiu escoar a água. Assim, o solo ‘pesa’ e a terra desmorona.
O rio Purus, que banha o município de Beruri, é um dos que está em situação crítica, com vazão abaixo da média, segundo o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden).
Seca
A seca fora do normal nos rios do Amazonas e da Amazônia está relacionada, segundo especialistas, ao aquecimento do oceano Pacífico, o El Niño, e ao calor do oceano Atlântico Norte.
O aquecimento das águas do oceano provoca a redução de chuvas na região.
Com isso, o período de chuvas pode atrasar.
Além disso, a seca que aflige a Amazônia pode bater recorde e se estender até janeiro de 2024.
No Amazonas, o governo estadual estipula que a seca afete mais de 500 mil pessoas em outubro.
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