O tempo entre o diagnóstico e o início do tratamento do câncer de mama diminuiu de 14 para quatro meses no Amazonas.
As informações são da Fundação Centro de Controle de Oncologia do Estado do Amazonas (FCecon).
A mudança no fluxo de atendimento aumenta as chances de cura de mulheres que buscam os serviços da unidade hospitalar.
+ Envie esta notícia no seu WhatsApp
+ Envie esta notícia no seu Telegram
Rapidez nos exames
A diminuição do tempo ocorreu com a transferência das biópsias da FCecon para o Serviço Municipal de Referência para o Diagnóstico de Câncer de Mama (SDM) da Prefeitura de Manaus.
Segundo o diretor-presidente da FCecon, Gerson Mourão, cerca de 400 biópsias de mama eram realizadas, anualmente, pela unidade hospitalar.
Conforme o médico mastologista, a mudança realizada em fevereiro de 2022 possibilitou a melhoria no fluxo de atendimento das mulheres, no trabalho do médico patologista e na rapidez para o resultado de exames.
“O estado do Amazonas tem muito o que comemorar nesse Outubro Rosa, diferentemente de anos anteriores. A parceria com a Secretaria Municipal de Saúde (Semsa) permitiu diminuir o tempo entre o diagnóstico e o início do tratamento do câncer, além de salvar vidas e o direito da mulher de preservar suas mamas”, pontua Mourão.
O gestor destacou que a concentração da realização das biópsias de mama na unidade hospitalar era um erro histórico.
Ele explica que o hospital é especializado no tratamento de câncer e não voltado ao diagnóstico.
Novo fluxo
Ao realizar o autoexame e apalpar um nódulo, a mulher precisa se dirigir a uma Unidade Básica de Saúde (UBS), onde o médico solicitará a mamografia para a confirmação do nódulo.
De acordo com a FCecon, caso haja a indicação de biópsia, ela é direcionada para o Serviço de Diagnóstico de Câncer de Mama (SDM).
“Caso positivo para câncer, só então a mulher é encaminhada para Fundação Cecon. Quando o resultado é negativo, a mulher segue outro protocolo”, explica o médico.
Caso sinta um nódulo no seio, a mulher que mora em um dos municípios amazonenses também precisa buscar o posto de saúde local, onde passará por uma consulta médica e encaminhada para a realização da mamografia.
Tendo indicação de biópsia, elas são encaminhadas para os SDMs da capital.
Os Serviços de Diagnósticos de Câncer de Mama (SDMs) funcionam na policlínica Djalma Batista, no bairro Compensa, Zona Oeste, e na policlínica Castelo Branco, no bairro Parque 10 de Novembro, Zona Centro-Sul.
Autoexame
Conforme a gerente do serviço de Mastologia, Hilka Espírito Santo, é importante que a mulher faça o autoexame, porque, normalmente, quem descobre o câncer é a própria mulher durante o toque.
A médica disse que o autoexame precisa ser realizado sempre depois da menstruação, uma vez que a mama está menos dolorida e propícia ao exame.
A médica sugere que a mulher que não menstrua escolha um dia para realizar o autoexame, por exemplo, o dia do aniversário e todo mês realizá-lo naquele dia.
“Façam o autoexame e a mamografia anual a partir dos 40 anos, pois pode salvar vidas”, alerta.
Mamografia
A mamografia é o exame “padrão ouro” para o diagnóstico do câncer de mama, sendo reconhecida como método eficaz para o rastreio da doença.
O Ministério da Saúde recomenda o exame de mamografia a mulheres de 50 a 69 anos.
A mamografia para avaliar uma alteração suspeita na mama é chamada de mamografia diagnóstica e poderá ser feita em qualquer idade quando há indicação médica.
Já a Sociedade Brasileira de Mastologia recomenda a mamografia a partir dos 40 anos.
RELACIONADAS
+ Outubro Rosa: Acre tem mais de 100 casos por ano de câncer de mama
+ Mais de 100 casos de câncer de mama foram registrados em RR
+ Brasileiras criam método para detectar câncer de mama pelo sangue