A Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas realizou, nesta quarta-feira (13), uma avaliação de indicadores de malária em áreas indígenas de Barcelos e São Gabriel da Cachoeira (a 399 e 852 quilômetros de Manaus, respectivamente).

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Os dois municípios são o alvo da avaliação de indicadores devido à quantidade de casos de malária ser expressivo nas áreas indígenas que integram o território desses municípios. 

Conforme o levantamento do cenário epidemiológico da doença, 93% dos casos de malária de Barcelos estão em áreas indígenas yanomamis.

As regiões são de responsabilidade da Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai).

Durante o encontro, os órgãos de saúde devem reforçar ações de vigilância, incluindo destaque de insumos, oferta de diagnóstico e de tratamento, controle vetorial, além de suporte para logística.

A matriz dará seguimento para a criação do plano de intensificação das ações de controle da malária em áreas indígenas do Alto Rio Negro.

A diretora-presidente da FVS-RCP, Tatyana Amorim, destaca que a reunião é oportunidade para avaliar a situação epidemiológica da malária para proposição de ações conjuntas no combate à doença. 

“É importante a ação integrada para que possamos alcançar as metas de redução pactuadas nas áreas indígenas, o que implica no cumprimento dos objetivos do plano estadual de eliminação da malária no Estado”, disse.

Eliminação de malária

A meta do Ministério da Saúde é, de até 2030, eliminarmos a malária, e, até 2035, não haver registro de malária no Brasil. 

O Plano Estadual de Eliminação da Malária no Amazonas possui quatro fases: 

  • a primeira é a de preparação, que lança o trabalho e busca a redução de casos; 
  • a segunda é a de Consolidação, que propõe cumprir a meta de reduzir o índice da doença até 2030; 
  • a terceira fase é a de Eliminação, visando manter o estado sem óbitos e sem transmissão; por fim, a quarta fase, é a de Prevenção, que é manter o Amazonas livre da malária até 2035.

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