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Nível dos rios no AM continua perigoso para transporte de cargas, diz Sindarma

Vista aérea do transporte de cargas no Rio Negro próximo Comunidade de Catalão atingida pela estiagem em Manaus- Foto: Cadu Gomes/VPR

Vista aérea do transporte de cargas no Rio Negro próximo Comunidade de Catalão atingida pela estiagem em Manaus- Foto: Cadu Gomes/VPR

As condições para o transporte de produtos no Amazonas está distante da normalidade para esta época do ano. Os níveis dos rios continuam abaixo do esperado no período.

É o que revelou o Sindicato das Empresas de Navegação Fluvial do Amazonas (Sindarma) na última sexta-feira (15).

A trafegabilidade é perigosa, principalmente para o transporte de combustíveis, alimentos e insumos.

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A expectativa é que a situação se regularize apenas em março ou abril de 2024.

Na avaliação da entidade, com base nas previsões de órgãos federais, de monitoramento climático e na vivência cotidiana nos rios, o fenômeno El Niño continuará afetando o nível das águas e provocando um volume menor de chuvas nos próximos meses.

“As bacias e hidrovias não estão secas como no auge do verão, mas a subida está lenta e muito abaixo do que seria normal para este mês. O transporte de cargas não foi interrompido nos piores momentos da crise e não será agora, mas estamos atentos para assegurar a continuidade das operações dentro das normas de segurança e sustentabilidade”, destacou o vice-presidente do Sindarma, Madson Nóbrega.

Nóbrega acrescentou que nesta primeira quinzena de dezembro, algumas das regiões mais preocupantes, de acordo com o nível dos rios, são no Alto Solimões, próximo do município de Tabatinga, e na Boca do Madeira, entre Nova Olinda do Norte e Borba.

“As chuvas na Região Metropolitana de Manaus tem pouco efeito para as condições de navegabilidade na bacia. O importante é que chova nas cabeceiras dos rios nos Andes, no Peru e na Bolívia. Quanto maior o volume nestes locais, melhor a navegação em toda a Amazônia”.

Prejuízos

Dados da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) divulgados no mês passado, indicam que a seca no Amazonas teve reflexos pontuais na navegação da região.

Na bacia do Rio Negro, por exemplo, o volume de cargas transportadas entre julho e setembro diminuiu 18,3% em comparação com o mesmo período de 2022, principalmente de óleo bruto (-83%) e derivados de petróleo (-23%).

Ainda segundo o órgão, na hidrovia do Rio Amazonas, houve o crescimento de 1,8% na navegação interior e na do Rio Madeira, uma das mais afetadas na estiagem, não houve redução nos volumes transportados no terceiro trimestre de 2023, com queda de 42% nos contêineres transportados.

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