Cientistas sugerem alternativa utilizada no semiárido nordestino para reduzir alguns dos impactos negativos da seca na Amazônia, que em 2024 promete ser igual ou pior que no ano passado.
Um dos efeitos negativos da seca é a falta de água potável, principalmente para comunidades que ficam isoladas sem a disponibilidade do transporte fluvial.
“Esse é o paradoxo da Amazônia, tem muita água e muita gente passando sede”, afirma Ayan Fleischmann, pesquisador do Instituto Mamirauá. “A gente precisa urgentemente criar programas de acesso à água na Amazônia. Não é por que estamos na maior bacia hidrográfica do mundo que essa água é acessível para consumo humano”, alerta.
O cientista aponta algumas ações necessárias, como investimento no abastecimento e tratamento de resíduos orgânicos. Uma alternativa sugerida para a captação e o armazenamento de água são as cisternas, usadas no semiárido nordestino para aproveitar a água da chuva.
Além de Fleischmann, outros pesquisadores na 76ª reunião anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) constatam que as mudanças climáticas já interferem no quão extemos são os regimes de cheias e secas na região.
A Amazônia registra recordes de cheias desde 2009 e a seca de 2023 foi devastadora. Os 62 municípios do Amazonas declararam situação de emergência e o rio Negro atingiu o menor nível desde 1902.
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