O céu de Manaus amanheceu coberto por fumaça neste sábado (10) e os monitores de qualidade do ar já apontam níveis de poluição. O Sistema Eletrônico de Vigilância Ambiental (SELVA) indica que a maioria das Zonas da capital variam entre “Ruim” e “Moderada”.
Até às 8h30, o rastreamento aponta o bairro Nossa Senhora Aparecida e adjacentes, na Zona Sul da cidade, com índices elevados de poluição atmosférica. A região registra, até o momento, o pior nível, com aproximadamente 88 µg/m³ de MP2.5.
O único ponto da cidade que aparece com qualidade “boa” é o bairro Cachoeirinha e adjacentes, que registra quase 20 µg/m³.
Nos demais pontos da cidade, a concentração de partículas geradas pela queima varia entre 30 e 55 µg/m³, equivalendo a “moderada” e “ruim”.
O que é MP2.5? Entenda monitoramento
MP2.5, ou partículas de matéria fina, refere-se a partículas sólidas ou líquidas suspensas no ar com diâmetro aerodinâmico de até 2,5 micrômetros (μm). Essas partículas são extremamente pequenas, o que permite que elas penetrem profundamente nos pulmões.
Essas partículas têm várias fontes, incluindo a queima de combustíveis fósseis (como carvão, petróleo e gás), queimadas, atividades agrícolas e muito mais. Devido ao seu tamanho minúsculo, essas partículas são particularmente perigosas para a saúde humana, uma vez que podem causar ou agravar problemas respiratórios.
Queimadas no Amazonas e fumaça em Manaus
As queimadas no Amazonas e em estados vizinhos podem ser a causa da fumaça em Manaus. Até o momento, fontes oficiais ainda não apontaram a origem da névoa que sobrevoa a capital do estado neste sábado. Em caso de atualização, este material será editado.
Apesar disso, alguns dados alertam para uma possível crescente nas queimadas no Amazonas. O estado voltou a registrar um recorde de queimadas em um único dia em 30 de julho.
O Programa de BDQueimadas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) contabilizou 783 focos de calor. Esse número leva o total de queimadas no mês de julho a 4.072, o maior desde que o Inpe começou a monitorar as queimadas na Amazônia, em 1998.
Em comparação, no mesmo dia do ano passado, foram registrados apenas 121 focos de calor, representando um aumento expressivo de 547% em relação a 2024, segundo o G1. O número atual supera até mesmo a soma dos focos de calor registrados em julho de 2022 (1.428) e 2023 (1.947).
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