O Amazonas está de luto pela perda de um dos mais destacados nomes da literatura e do teatro. O jornalista, escritor e dramaturgo Márcio Souza faleceu nesta segunda-feira (12), conforme confirmado pelo Governo do Estado.
O escritor tinha 78 anos e enfrentava problemas de diabetes. De acordo com informações, Márcio sofreu um infarto nesta manhã e não resistiu.
Márcio Souza construiu um legado significativo na literatura brasileira e no teatro amazonense. Seus romances, como “Galvez, o Imperador do Acre”, “Mad Maria”, “Operação Silêncio” e “O Fim do Terceiro Mundo”, são referências essenciais na literatura nacional.
No cenário teatral, ganhou destaque como diretor do prestigioso Teatro Experimental do Sesc na década de 1970 e como autor de peças notáveis, como “A Paixão de Ajuricaba” e “As Folias do Látex”.
A Academia Amazonense de Letras, à qual ele pertencia, emitiu uma nota de pesar pouco após a confirmação de seu falecimento. Recentemente, Márcio estava lotado na Biblioteca Pública do Amazonas.
Informações sobre o velório e sepultamento ainda não foram divulgadas.
Sobre Márcio Souza
Nascido em Manaus em 1946, Márcio Souza dedicou sua vida à exploração e à divulgação da cultura amazônica. Filho mais velho de um operário gráfico e uma dona de casa, desde a infância foi influenciado pelo pai, que o incentivou na paixão pela literatura.
Aos 14 anos, começou a escrever críticas para jornais locais e, aos 17, mudou-se para São Paulo para estudar Ciências Sociais na Universidade de São Paulo (USP).
Durante a trajetória acadêmica, começou a escrever roteiros e trabalhou na produção e direção de curtas e médias-metragens na Boca do Lixo. Em 1967, publicou seu primeiro livro, “O Mostrador de Sombras”.
Após o lançamento, Souza viajou para diversas cidades ao redor do mundo, como Nova York, Paris, Londres, Amsterdã, Bogotá e Lima.
As experiências foram essenciais para o crescimento pessoal do escritor. De volta ao Brasil em 1973, assumiu a direção do teatro experimental do SESC, produziu o filme “Selva” e escreveu “Galvez, o Imperador do Acre”, publicado em 1976, que marcou sua carreira literária.
Além disso, Márcio realizou outros trabalhos importantes como “Mad Maria”, “A Ordem do Dia” e “A Condolência”. Em “Amazônia Indígena”, o amazonense reverencia os povos antigos da região e discute questões ambientais, como a profunda conexão dos indígenas com a Amazônia.
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