O caso de uma criança que desmaiou após realizar a “brincadeira do desmaio” viralizou em Manaus.

A Escola Estadual Antovila Mourão Vieira, lugar onde o episódio aconteceu, se pronunciou sobre as medidas que tomaram nesta situação.

A “brincadeira do desmaio” consiste no ato de fazer pressão no peito que impede a respiração. Os colegas provocam a falta de oxigenação no cérebro e isso resulta no desmaio.

A prática é realizada com frequência em escolas. Contudo, é um método que persiste há bastante tempo.

Em 2014, o mesmo caso aconteceu em uma escola no Rio de Janeiro.

No colégio Liceu Franco-Brasileiro, um aluno do 1º ano do ensino médio desmaiou em pleno pátio. O episódio ocorreu na hora do recreio.

Ainda tonto, ao tentar se levantar ele bateu com a cabeça num banco, sofrendo escoriações. O estudante foi encaminhado para casa e seus pais foram chamados à coordenação.

Além disso, ele e mais três alunos que participavam da “brincadeira” foram suspensos por um dia.

Por fim, o colégio distribuiu um folheto que alerta os alunos sobre o perigo da prática e também realizou uma palestra com benefícios e os riscos do conteúdo disponível na internet

Psicólogos relataram ‘muitos casos’

Na época, muitos jovens relataram o jogo mortal para psiquiatras no Rio. Portanto, em entrevista ao site O Globo, os especialistas em crianças e adolescentes, Fábio Barbirato e Fernanda Reis, detalham o que os motiva a praticarem o desafio.

“É uma espécie de demonstração de força típica dessa fase de formação de grupo, quando os jovens fazem de tudo para serem aceitos pelos outros, expondo-se a consequências graves. Por outro lado, há relatos de que a asfixia dá uma sensação de euforia e prazer, mas não existe nenhuma comprovação médica disso”, explica.

“Os adolescentes buscam se destacar por meio desses desafios. Mas há riscos com os quais eles não têm capacidade para lidar. O que você vai fazer se o seu amigo tiver uma parada cardíaca ou entrar em coma? “, questiona.

Fique informado com o Portal Norte, seu portal de notícias para Amazonas, Brasília, Acre, Roraima, Tocantins e Rondônia. Notícias precisas e atualizadas.