Os candidatos à Prefeitura de Manaus nas eleições de 2024 se encontraram, nesta segunda-feira (26), no debate da TV Norte. Na discussão de suas propostas, os oponentes debateram em cinco blocos, sendo o último direcionado às considerações finais.

No primeiro bloco, os candidatos debateram sobre a infraestrutura em Manaus; no segundo bloco se dedicaram à saúde e no terceiro, discutiram sobre a educação. No quarto bloco, exploraram temas livres, como segurança e emprego.

Segurança pública: Alberto Neto questiona Amom

“Fica em cima do muro, mas tem os dois pés na esquerda”, disse Alberto Neto ao chamar Amom para o debate sobre a segurança pública em Manaus.

O candidato disse que o centro da capital amazonense está virando uma “cracolândia”, que o “governo do estado está se mostrando ineficiente” e que o atual prefeito de Manaus, David Almeida, “lavou as mãos”. Logo em seguida, questionou as propostas de Amom.

O representante do Cidadania falou em “completar” o armamento da guarda municipal e “monitoramento dos furtos de celular”. Além disso, afirmou que uma de suas propostas discute medidas para inibir a infiltração de organizações criminosas na guarda municipal.

“Garoto Mimado”

Na réplica, Alberto Neto chamou Amom Mandel de “garoto mimado”, ao relembrar caso de voz de prisão, e questionou se ele tem “problemas” com policiais e guardas municipais.

Em resposta, o candidato disse: “Alberto, tem capitão aqui que é investigado por tráfico de drogas, é preciso combater os bandidos tanto de farda quanto sem farda. Eu sou contra ‘bandidagem’, eu não passo pano para ninguém”.

Programa social: Roberto Cidade questiona Alberto Neto

Direcionado ao candidato Alberto Neto, Roberto Cidade questionou as propostas oponentes para a questão “social” de Manaus. Diante disso, respondeu: “O melhor programa social é o emprego”.

Alberto Neto disse que atuará na economia de livre mercado, caso chegue à Prefeitura de Manaus. Nesse sistema, as decisões sobre produção, investimento e distribuição de bens e serviços são feitas por empresas e indivíduos com mínima intervenção do governo.

Segurança pública: Marcelo Ramos questiona Cidade

Frente a frente com Roberto Cidade, Marcelo Ramos optou, também, por falar sobre segurança em Manaus. O candidato do PT decidiu olhar para o tema com uma ótica diferente da anterior: da dependência química.

Cidade disse que, em suas propostas, coloca a prevenção, por exemplo, através do esporte, mas também ampliará a guarda municipal, armando e a equipando.

Na réplica, Marcelo Ramos criticou as propostas reparadoras, que falam em “armar”, e disse que atuará na educação a fim de trabalhar ainda na infância.

Emprego e renda: Wilker Barreto questiona Marcelo

“Quais serão as medidas para diminuir o sofrimento hoje, de uma cidade que amarga indicadores perigosos, de uma população que está indo para as ruas mendigar por falta de medidas públicas?”, questionou Wilker ao Marcelo Ramos.

O candidato respondeu que, primeiramente, precisam entender “qual é a responsabilidade de cada ente federativo”, uma vez que ele afirma ver uma “grande confusão” de candidatos querendo cumprir obrigações do eixo estadual e federal.

“Eu entendo que o orçamento público é um sub-produto da atividade privada e é responsabilidade da prefeitura criar um ambiente de negócios sadio para que a iniciativa privada possa prosperar. Isso tem a ver com combate à burocratização, reordenamento do centro, das áreas de comércio…”, disse.

Emprego e renda: Wilker questiona Gilberto Vasconcelos

No debate, Gilberto Vasconcelos trouxe a questão da “logística” ao falar de emprego e renda na cidade de Manaus. Wilker Barreto analisou a atual situação de Manaus e mencionou a atual gestão, do candidato à reeleição David Almeida.

“Hoje as contas da prefeitura estão arruinadas, porque Manaus não tem um gestor, tem um gastador e isso gera desemprego”, finalizou.

Educação: Amom questiona Gilberto Vasconcelos

Focando na experiência de professor do oponente, Amom questionou como ele avalia a educação de Manaus. Gilberto disse que o principal desrespeito está em não cuidar dos servidores da educação.

“Nas escolas em que eu trabalho, várias delas foram reformadas, na verdade, a reforma é uma pintura, uma maquiagem. Em outras escolas, o prefeito aluga prédios por décadas (…) inadequados (…). O problema da educação é muito complexo, porque ele passa pela formação continuada dos professores, pela valorização, pela construção de prédios e isso só vai ser feito em um governo onde a classe trabalhadora esteja organizada controlando o governo…”