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Babá morta em Manaus: tortura, exploração sexual e o que se sabe sobre o caso

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Babá foi encontrada morta em matagal - Foto: Reprodução

Desde o desaparecimento e a morte da babá Geovana Martins, de 20 anos, o caso contínua sem explicações sobre quem é o assassino. No entanto, as investigações apontam para dois principais suspeitos. Um deles já foi preso e o outro segue foragido.

A jovem foi encontrada morta, com sinais de espancamento, em um matagal no bairro Tarumã, zona Oeste de Manaus, na última terça-feira (20).

Desaparecimento

Geovana desapareceu no dia 19 de agosto. Com a esperança de encontrá-la viva, a polícia divulgou a imagem da jovem, mas a busca teve um desfecho trágico.

A mãe de Geovana reconheceu o corpo no Instituto Médico Legal (IML), confirmando a identidade da vítima.

Espancada e torturada

Após a tragédia, a irmã de Geovana descobriu fotos da jovem completamente desfigurada, com o rosto marcado por espancamentos.

“Ela estava com o rosto irreconhecível, nos últimos momentos de vida. Ninguém a socorreu, deixaram minha filha morrer”, desabafou a mãe, inconformada com a brutalidade do crime.

As investigações indicam que Geovana foi morta por estrangulamento. Para a mãe da jovem, a perda é devastadora. “É uma dor inexplicável, como se tivessem arrancado um pedaço de mim. Sempre dizia a ela: ‘Você é parte de mim’. Brutalmente, essa parte foi tirada”, desabafou.

Quem é Camila e prisão

Geovana vivia e trabalhava como babá na casa de uma amiga, Camila, há cerca de um ano. Com o avanço das investigações, ela se tornou a principal suspeita. A patroa da vítima foi presa, na terça-feira (20) e levada para a Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros.

O ex-namorado de Geovana revelou à TV Norte Amazonas que estava preocupado com a jovem por ela morar com a patroa, Camila Barroso.

Segundo ele, Geovana havia mencionado que Camila já havia tentado agredi-la e enforcá-la, embora o motivo dessas agressões nunca tenha ficado claro. “Nunca gostei dessa mulher, ela é problemática. Geovana me contou que Camila tentou agredi-la várias vezes”, relatou o rapaz.

Além disso, ele afirmou que Geovana não trabalhava apenas como babá, mas também em uma casa de massagem que funcionava na residência de Camila. “Descobri que Camila estava envolvida com uma casa de massagem. Quando soube disso, fiquei ainda mais preocupado com a segurança de Geovana”, disse.

O jovem acredita que as dívidas de Geovana podem ter sido a motivação para o crime e agora clama por justiça, temendo também por sua própria segurança. “Estou preparado para o que vier, mas tenho medo. Camila tem conexões perigosas, e temo que algo possa acontecer comigo”, desabafou.

Causa da morte e segundo suspeito

De acordo com a Polícia Civil, Geovana Martins, de 20 anos, morreu em decorrência de traumatismo craniano. As investigações indicam que o crime ocorreu no dia anterior, terça-feira (19).

Segundo a delegada Marília Campelo, da Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS), uma foto vazada revelou que Geovana estava com diversos hematomas no rosto e apresentava estrabismo, uma consequência direta do traumatismo craniano, que foi a causa de sua morte.

A delegada acrescentou que é provável que Geovana tenha sido morta na casa de massagem onde era aliciada.

Além de Camila, a polícia procura outro suspeito: Eduardo Gomes da Silva, filho da suposta proprietária da casa de massagem onde morava a babá assassinada em Manaus.

Ele é suspeito de desfazer do corpo de Geovana Costa e possui um mandado de prisão em aberto. A procura por Eduardo ocorreu menos de 24 horas após a prisão de Camila Barroso, ex-patroa de Geovana.

Exploração sexual

Camila Barroso foi ouvida pela Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS) nesta quinta-feira (29).

Ela é acusada de explorar sexualmente Geovana. Inicialmente, Geovana havia começado a trabalhar como babá na casa de Camila, mas foi aliciada para a prostituição e forçada a fazer programas sexuais para quitar uma suposta dívida.

A delegada também levantou a suspeita de que Camila planejava enviar Geovana para a Europa, onde a vítima poderia ser usada como “mula” para tráfico de drogas e/ou exploração sexual, já que Camila estava com uma viagem marcada e passaportes em mãos.

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