A capital amazonense começou o dia, nesta segunda-feira (16), com céu claro, porém coberto por finas camadas de fumaça. O Sistema Eletrônico de Vigilância Ambiental (SELVA) avaliou a qualidade do ar em Manaus como “boa” e “moderada”.

Os níveis de poluição variam entre 18 e 38 micrômetros por metro cúbico (µg/m³). Para contextualizar, a classificação “boa” é atribuída quando os níveis estão entre 0 e 25 µg/m³, enquanto a categoria “moderada” cobre concentrações de 25 a 50 µg/m³.

Por fim, a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, acusou o Brasil de enfrentar um “terrorismo climático” durante um evento em São Carlos (SP) no último sábado (14).

Situação crítica da qualidade do ar no Amazonas

O SELVA também divulgou relatórios atualizados que indicam uma situação alarmante em vários municípios do Amazonas.

Os dados mais recentes mostram que, além de Manaus, a qualidade do ar em alguns locais ultrapassa significativamente o limite de 160 µg/m³, que é classificado como “péssimo”. Os níveis registrados são os seguintes:

  • Lábrea: 467 µg/m³;
  • Pauini: 319 µg/m³;
  • Novo Aripuanã: 268 µg/m³;
  • Humaitá: 232 µg/m³; e
  • Eirunepé: 210 µg/m³.

Em contrapartida, outras cidades também enfrentam altos níveis de poluição, com as seguintes classificações:

  • Manicoré: 147 µg/m³ (“péssimo”);
  • Manaquiri: 142 µg/m³ (“péssimo”);
  • Apuí: 114 µg/m³ (“muito ruim”);
  • Boca do Acre: 107 µg/m³ (“muito ruim”);
  • Manacapuru: 105 µg/m³ (“muito ruim”);
  • Anori: 96 µg/m³ (“muito ruim”);
  • Careiro Castanho: 94 µg/m³ (“muito ruim”);
  • Borba: 74 µg/m³ (“ruim”);
  • Autazes: 66 µg/m³ (“ruim”);
  • Nova Olinda do Norte: 65 µg/m³ (“ruim”); e
  • Amaturá: 60 µg/m³ (“ruim”).

Região Norte lidera ranking nacional de queimadas

O Brasil enfrenta uma das piores secas de sua história, com queimadas atingindo diversas partes do país. A região Norte é a mais afetada, com 23.715 focos de incêndio em setembro, conforme dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) atualizados até a última sexta-feira (13).

O Centro-Oeste ocupa o segundo lugar, com 18.015 focos, seguido pelo Sudeste, que conta com 5.398 focos nos primeiros dias do mês. Posteriormente, vem o Nordeste em quarto lugar, com 5.012 focos, enquanto a região Sul é a menos impactada, com menos de mil focos de incêndio.

A Confederação Nacional dos Municípios (CNM) estima que mais de 10 milhões de pessoas em 531 municípios sofrem as consequências das queimadas nos biomas brasileiros entre agosto e setembro.

Os prejuízos já ultrapassam R$ 2 bilhões, e 1,4 milhão de habitantes enfrentam os efeitos da estiagem, com 154 cidades sendo gravemente afetadas pela seca.

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