A qualidade do ar em Manaus foi classificada como “péssima” nesta quinta-feira (19) pelo aplicativo Sistema Eletrônico de Vigilância (SELVA). A avaliação indica um comprometimento significativo das condições atmosféricas, com potencial impacto na saúde pública.

Os níveis de poluição na capital variam entre 107 e 153 micrômetros por metro cúbico (µg/m³). A classificação “péssima” refere-se a concentrações de poluição entre 125 e 160 µg/m³, enquanto níveis entre 75 e 125 µg/m³ são considerados “muito ruins”.

A principal causa da poluição é a fumaça resultante das queimadas intensas no estado do Amazonas. Nos últimos dias, a qualidade do ar em Manaus foi classificada alternadamente como “moderada” e “ruim”.

Na última quarta-feira (18), o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, autorizou o uso da Força Nacional de Segurança Pública para enfrentar incêndios florestais em seis estados da Região Norte.

Qualidade do ar no AM: situação crítica em vários municípios

Relatórios recentes do SELVA mostram uma deterioração alarmante da qualidade do ar em várias cidades do Amazonas, além de Manaus. Em alguns locais, os índices de poluição ultrapassam os níveis considerados “péssimos” (125 a 160 µg/m³). Os municípios mais críticos são:

  • Humaitá: 225 µg/m³; e
  • Apuí: 219 µg/m³

Ademais, outras cidades também enfrentam níveis elevados de poluição, classificados como:

  • Manaquiri: 142 µg/m³ (“péssimo”);
  • Manacapuru: 113 µg/m³ (“muito ruim”);
  • Iranduba: 108 µg/m³ (“muito ruim”);
  • Boca do Acre: 105 µg/m³ (“muito ruim”);
  • Eirunepé: 89 µg/m³ (“muito ruim”);
  • Pauini: 78 µg/m³ (“muito ruim”);
  • Novo Aripuanã: 74 µg/m³ (“ruim”);
  • Autazes: 74 µg/m³ (“ruim”);
  • Benjamin Constant: 74 µg/m³ (“ruim”); e
  • Careiro Castanho: 64 µg/m³ (“ruim”).

Incêndios em Manaus

Na madrugada de quarta-feira (18) um incêndio devastou uma área de mata na Avenida Buriti, bairro Distrito Industrial, em Manaus. As chamas se aproximaram da fiação elétrica, o que gerou grande preocupação entre os moradores.

O Corpo de Bombeiros Militar do Amazonas (CBMAM) rapidamente mobilizou-se para controlar o incêndio, que avançava com velocidade pela vegetação.

Moradores locais relataram que indivíduos em um veículo não identificado teriam iniciado o fogo. A Polícia Civil foi chamada para investigar a origem do incêndio.

Por fim, um outro incêndio, iniciado na segunda-feira (16), continua a consumir a vegetação na comunidade Coliseu 2. Na quarta-feira (18), as chamas forçaram os moradores a abandonar suas casas. A situação acontece no bairro Jorge Teixeira, na Zona Leste da cidade.

Amazonas registra quase 20 mil focos de incêndio em 2024

O Amazonas já enfrentou 19.478 focos de incêndio desde o início de 2024, de acordo com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

Agosto foi o mês mais crítico, com 10.328 incêndios, seguido por setembro com 4.243 e julho com 4.241 até a quinta-feira (15). Agosto de 2024 apresentou o maior número de incêndios desde o início das medições do Inpe em 1998.

O total de queimadas deste ano está próximo dos 19.604 registros de 2023. Recentemente, o sudoeste da Amazônia tornou-se a região com maior emissão de gases de efeito estufa globalmente.

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