Depois de dias com com altas temperaturas, Manaus registra pancadas de chuva em diversos horários e locais nesta terça-feira (24) conforme informações do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET).
As temperaturas variam de 25°C a 34°C, com a sensação térmica ultrapassando 36°C nas horas mais quentes do dia.
Os ventos sopram de forma moderada, com velocidade média de 10 km/h. A umidade relativa do ar apresenta variação entre 40% e 90%, o que resulta em desconforto térmico para a população. Além disso, há previsão de rajadas de vento mais fortes, especialmente durante as chuvas.
O que é o fenômeno “chuva preta”?
O fenômeno conhecido como “chuva preta”, resultante da mistura entre fuligem de queimadas e água da chuva, tem alarmado várias áreas do país.
As queimadas, que atingiram níveis recordes em agosto de 2024, de acordo com dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), são apontadas como responsáveis pelo aumento da poluição atmosférica.
Segundo Diego Freitas, do Conselho Federal de Química, a “chuva preta” ocorre devido à alta concentração de poluentes oriundos das queimadas.
Quando esses materiais entram em contato com a água da chuva, a coloração escura se torna evidente, o que amplifica os impactos ambientais e aumenta os riscos à saúde.
Freitas orienta a população a evitar o uso dessa água para atividades como banho, limpeza e, principalmente, consumo. O especialista destaca que o contato com a “chuva preta” pode provocar:
- Irritações na pele e nos olhos;
- Problemas respiratórios; e
- Intoxicações graves se ingerida.
Portanto, diante do aumento das queimadas no estado do Amazonas, Manaus corre o risco de ser impactada pelo fenômeno “chuva preta” causado pela combinação de chuvas com a fuligem dos incêndios.
Brasil coberto de fumaça
A chuva oferece um alívio momentâneo para a fumaça, mas a fuligem continua a afetar o clima. A previsão é que o material particulado permaneça na atmosfera nas próximas semanas, enquanto os incêndios florestais se mantêm ativos em diversas regiões do país.
Imagens capturadas pelo satélite meteorológico GOES-16, da Nasa, mostram a extensão da fumaça das queimadas, que cobre grandes áreas do território brasileiro. O registro foi feito na manhã de 6 de setembro.
Entre os estados mais afetados pela poluição gerada pela queima de biomassa estão:
- Amazonas;
- Pará;
- Acre;
- Rondônia;
- Mato Grosso;
- Tocantins;
- Goiás;
- São Paulo;
- Minas Gerais; e
- Espírito Santo.
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