Nesta segunda-feira, 1º, o mundo ultrapassou a marca de 5 milhões de mortes por Covid-19, segundo dados divulgados pelo Centro de Pesquisa da Universidade John Hopkins, nos Estados Unidos.

Em menos de dois anos após o início da pandemia, o secretário-geral da ONU disse que esta é uma marca arrasadora que lembra que algo está falhando em grande parte do mundo.

António Guterres destacou que de um lado os países ricos lançam as terceiras doses da vacina, mas apenas cerca de 5% de pessoas na África estão totalmente inoculadas.

O Brasil figura, em números absolutos, na segunda posição do ranking de mortos no mundo, com mais de 607 mil vítimas da covid – cerca de 12% das mortes no mundo. O país fica só atrás dos Estados Unidos, que acumulam cerca de 745 mil vidas perdidas.

Somente no Amazonas o centro de pesquisa registra atualmente um total de 427.788 casos e 13.770 mortes por Covid-19.

Manaus viveu dois momentos dramáticos e inesquecíveis com lembranças consideradas as mais tristes da história da capital.

Foto: Lucas Silva/Secom – Cãmaras frigoríficas sendo instaladas em Manaus

O primeiro momento aconteceu em abril de 2020, quando contêineres frigoríficos foram instalados no Cemitério Nossa Senhora Aparecida, no bairro Tarumã, Zona Oeste de Manaus, para comportar a alta demanda de cadáveres enviados de hospitais públicos da capital, muitos de vítimas do novo coronavírus.

Foto: Reprodução/Internet – Valas comuns são abertas para enterrar corpos coletivamente, em Manaus

Logo em seguida, a Prefeitura de Manaus anunciou que valas comuns seriam feitas no cemitério para enterrar as vítimas, momento que causou ainda mais dor aos familiares que nem sequer podiam velar seus entes queridos.

Vídeo: Reprodução/Twitter

Outro momento de grande impacto na vida dos amazonenses foi a crise da falta de oxigênio. Um novo surto da epidemia registrou janeiro como o pior mês e o mais triste da pandemia em todo o estado.

Um total de 34 mil casos da doença e cerca de 2 mil óbitos foram registrados. Na época, o estado enfrentava um novo colapso no sistema de saúde, após um aumento significativo no número de pacientes internados para tratamento da doença e a falta de oxigênio.

Cenas de desespero foram registradas e divulgadas por todo o mundo.

Foto: Reprodução/Getty Images – Jovem com a mãe em hospital de Manaus

O enfrentamente da Covid em Manaus foi acompanhado por toda a imprensa. A angústia de parentes de pacientes para conseguir um leito no hospital e também cilindros de oxigênio foi algo também que resultou em muita dor e sofrimento.

Foto: Reprodução/Getty Images – Quem estava se tratando em casa, teve que contar com a sorte e a ajuda de parentes para conseguir o insumo

Para o chefe das Nações Unidas, António Guterres, longe de serem apenas números numa página, são vidas interrompidas de familiares, amigos e colegas “por um vírus impiedoso que não respeita fronteiras”.

O chefe da organização considera a quantidade de óbitos “uma vergonha global” e que 5 milhões de mortes também deveriam ser um aviso claro que o mundo não pode baixar a guarda.

O secretário-geral reitera que é um erro pensar que a pandemia tenha terminado, e que a baixa de restrições em muitos lugares seja acompanhada de vacinas, vigilância e medidas de saúde pública como uso de máscaras e distanciamento social.

Para homenagear as mais de 5 milhões de vítimas, ele disse que devem ser apoiados os profissionais de saúde que lutam contra o vírus todos os dias. Guterres frisou ainda que se promova a equidade da vacina, acelerem os esforços e seja garantido o máximo de vigilância para derrotar o coronavírus.

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