A deputada estadual Joana Darc (PL) formalizou nesta quarta-feira, 3, a denúncia junto ao Ministério Público do Estado do Amazonas (MPAM) contra Rodrigo Fernandes por apologia ao crime de feminicídio, ao se fantasiar de goleiro Bruno. O fato ocorreu na segunda-feira, 1º, em uma casa de show de Manaus.

Segundo a deputada, que faz parte da Comissão de Defesa da Mulher da Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), é preciso sair do discurso e partir para a ação contra o crime de violência contra a mulher e contra a memória das famílias.

“E eu vim aqui para registrar o meu repúdio, para registrar que nesta Casa Legislativa esse fato não passará impune. Não é por conta de um crime de maior ou menor relevância, não é por conta de ser mimimi. É para mostrar para a sociedade que não é normal violentar mulher, que a gente precisa combater o feminicídio, que a gente precisa respeitar as famílias, que a gente precisa sair do discurso, sair das campanhas e ir para ação e denunciar atos e gestos como estes”, disse Joana Darc em discurso na Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam).

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De acordo com o art. 287 do Código Penal, é crime fazer, publicamente, apologia de fato criminoso ou de autor de crime.

“Essa imagem de um homem “fantasiado” do goleiro Bruno e carregando um saco preto de lixo com o nome de Eliza. No primeiro momento, pode até parecer uma brincadeira, uma fantasia de halloween. Mas essa imagem representa uma apologia ao crime de feminicídio. Ela representa um desrespeito a família de uma mulher que foi morta, estrangulada, esquartejada, que seu corpo foi dado para os animais comerem e que até hoje a família não teve o direito de enterrar o seu ente querido. Como mulher, como mãe, como deputada, eu fico muito indignada”, disse.

A casa de show, Porão do Alemão, também foi incluída na denúncia.

Entenda o caso

Na última segunda-feira, 1º, Rodrigo Fernandes se fantasiou de goleiro Bruno durante uma festa de halloween, na casa de show Porão do Alemão. Na ocasião, o estabelecimento publicou a foto do rapaz vestido com a camisa do Flamengo e segurando uma sacola preta com o nome de Eliza Samúdio, em suas redes sociais. Após repercussão negativa, o bar apagou a imagem e pediu desculpas pelo ocorrido.

Relembre o crime

Eliza Samudio desapareceu em 2010. Ela tinha 25 anos e era mãe do filho, ainda recém-nascido, do goleiro Bruno, que não reconhecia a paternidade. Bruno foi condenado a 22 anos pelo assassinato da jovem. O corpo da vítima nunca foi encontrado.

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