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Rio Negro volta a subir, mas especialista diz que início da cheia ainda não está confirmado

O nível do rio Negro voltou a subir após quatro meses de descida. Em sete dias, o nível do rio aumentou cerca de 22 centímetros.

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De acordo com informações do Porto de Manaus, o rio permaneceu estável na sexta, 5, mas nos dias seguintes apresentou aumentos sucessivos.

No sábado, 6, e domingo, 7, o aumento foi de 1 cm em cada dia. Na segunda, 8, o Porto de Manaus registrou 2 cm de subida. Nos dias 9, 10 e 11 a subida foi ainda mais significativa: 5 cm em cada dia. Nesta sexta-feira, 12, o aumento foi de 3 cm.

Apesar do aumento do nível do rio, o pesquisador do Serviço Geológico do Brasil (SGB-CPRM) André Martinelli diz que ainda é cedo para saber se já foi iniciada a cheia do ciclo hidrológico 21/22. De acordo com André, é preciso aguardar mais 1 semana.

“O rio Negro em suas estações ainda está dominado pelo processo de vazante. Essa elevação no rio Negro em Manaus está mais relacionada ao que ocorre na bacia do Solimões, onde o processo de cheia já foi iniciado há cerca de 3 semanas em Tabatinga”, disse.

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Ele explicou que o SGB-CPRM ainda não afirmou que a cheia começou. Segundo ele, ainda é preciso avaliar o comportamento nas estações acima do Rio Negro desde São Gabriel da Cachoeira.

André Martinelli também falou sobre as chuvas na região.

“Já é um fato que a bacia do rio Negro por um todo sofreu impactos com anomalias positivas de chuvas, ou seja, chuvas acima do esperado para o período de análise. Essas anomalias trouxeram níveis acima do esperado para todas as estações monitoradas no rio Negro”, disse.

Ele explicou ainda que Manaus é uma exceção, pois a capital do Amazonas “manteve os valores dentro da faixa de maior permanência, em outras palavras, níveis dentro do esperado”.

Para finalizar, o pesquisador afirmou que o sistema fluvial amazônico é muito dinâmico e que depende também da climatologia que vem sofrendo com as mudanças provocadas pelo aquecimento global, desmatamento e queimadas.

“Analisando a série histórica de quase 120 anos, já ocorreram cotas acima desta cota atual em que a cheia seguinte não efetivou em cheia de grande magnitude”, explicou.

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