A chuva que atingiu a Região Amazônica entre 14 de dezembro de 2021 e 12 de janeiro de 2022 fez com que o Rio Negro, em toda a sua extensão, apresentasse uma alta em sua cota, acima do esperado para a época.

É o que informa o último boletim hidrológico do Serviço Geológico do Brasil (CPRM), divulgado na sexta-feira, 14.

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O boletim é assinado pelo pesquisador em Geociências e superintendente regional de Manaus do CPRM, Andre Luis Martinelli Real dos Santos.

Nesta terça-feira, 18, o Rio Negro chegou a 24,50 metros, em comparação ao mesmo período de 2021, quando registrou 23,21 metros.

Nos primeiros sete dias de 2022, o nível do rio marcou 24,21 metros, a maior já registrada desde o início das análises do CPRM. Dez dias depois, o Rio Negro subiu 0,29 centímetros.

O CPRM ressalta que a subida do Rio Negro ainda não é suficiente para dizer se haverá uma enchente severa em 2022.

“Em Manaus, o processo da cheia do Rio Negro reduziu sua intensidade na última semana e a média de subida foi de 4 cm por dia. O nível nesta estação se manteve como o maior já registrado para o período de análise. Salientamos novamente que a atual anomalia observada na hidrologia da bacia não é suficiente para prever uma cheia severa em 2022; para este quadro hidrológico extremo é necessário que ocorram anomalias positivas de chuvas… (janeiro – fevereiro – março)”, informa o boletim.

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Cheia do Rio Negro no AM

Nas estações de São Gabriel da Cachoeira e Tapuruquara, próximo a Santa Isabel do Rio Negro, o nível do rio teve forte descida na última semana, fato que trouxe as cotas para valores esperados para a época.

Nas outras estações monitoradas no Rio Negro, a situação permanece atípica, com valores acima do esperado para a época. Porém, não houve acumulados de chuvas com anomalias positivas e os níveis desceram com mais intensidade.

Chuvas

Durante o período de 4 de dezembro 2021 a 12 de janeiro de 2022, o CRPM analisou que houve chuva na parte sul da região, com grandes volumes de chuva sobre algumas bacias da área de monitoramento.

Volumes mais elevados são observados nas bacias localizadas no noroeste da região e os menores no extremo norte e sul da área monitorada.

Na bacia do Rio Negro ocorreram chuvas acima da climatologia do período, mas foram caracterizadas como “anomalias positivas de precipitação”.

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