As queimadas no Amazonas (AM) têm se intensificado, afetando a qualidade do ar em diversas cidades. No entanto, Manaus amanheceu encoberta por uma fina camada de fumaça nesta sexta-feira (30).

A qualidade do ar na capital foi avaliada como “ruim” a “muito ruim” pelo Sistema Eletrônico de Vigilância Ambiental (SELVA) da Universidade do Estado do Amazonas.

Os níveis de poluição variam de 54 a 81 micrômetros por metro cúbico (µg/m³). Além disso, o ar é classificado como “ruim” quando os índices estão entre 50 e 75 µg/m³, e “muito ruim” entre 76 e 125 µg/m³.

Qualidade do ar em municípios do AM alcança níveis críticos

A qualidade do ar em várias regiões do interior do Amazonas tem despertado sérias preocupações. Os níveis de poluição atingem valores alarmantes.

Em Lábrea, Boca do Acre, Humaitá e Apuí, as concentrações de poluentes alcançam 443, 409, 403 e 312 µg/m³, respectivamente. Contudo, os valores excedem de forma significativa o limite máximo da categoria “péssimo”, que varia entre 126 e 160 µg/m³.

Por outro lado, outras cidades do Amazonas também enfrentam desafios significativos em relação à poluição do ar:

  • Canutama: 289 µg/m³ (“péssimo”);
  • Manicoré: 185 µg/m³ (“péssimo”);
  • Eirunepé: 163 µg/m³ (“péssimo”);
  • Atalaia do Norte: 92 µg/m³ (“muito ruim”);
  • Careiro Castanho: 77 µg/m³ (“muito ruim”);
  • Novo Airão: 75 µg/m³ (“ruim”);
  • Itamarati: 74 µg/m³ (“ruim”);
  • Autazes: 69 µg/m³ (“ruim”);
  • Benjamin Constant: 65 µg/m³ (“ruim”);
  • Caapiranga: 64 µg/m³ (“ruim”);
  • Iranduba: 61 µg/m³ (“ruim”);
  • Manaquiri: 56 µg/m³ (“ruim”);
  • Manacapuru: 55 µg/m³ (“ruim”);
  • Silves: 53 µg/m³ (“ruim”); e
  • São Sebastião do Uatumã: 52 µg/m³ (“ruim”).

AM declara situação de emergência ambiental e de saúde pública

O estado do Amazonas declarou, portanto, situação de emergência em todos os 62 municípios devido à severa seca e aos incêndios florestais que afetam a região neste ano.

O anúncio foi feito na última quarta-feira (28) pelo governador Wilson Lima, que, posteriormente, também oficializou a emergência em saúde pública em decorrência da baixa dos níveis dos rios.

Conforme o último boletim da estiagem divulgado pela Defesa Civil do Amazonas, até terça-feira (27), 20 cidades estavam em situação de emergência, impactando quase 290 mil pessoas e 77 mil famílias em todas as bacias hidrográficas do estado. Com os decretos, esses números tendem a aumentar.

Por fim, os incêndios florestais têm gerado densa fumaça, que se espalha por todo o Amazonas. Em Manaus, a poluição foi evidente pelo segundo dia consecutivo na quarta-feira.

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