O Porto de Manaus não registrou descida no nível do Rio Negro nesta sexta-feira (27). A cota estabilizou em 12,70 metros. A seca deste ano já é a maior na história da medição no Amazonas.
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Na quinta-feira (26), o nível do rio estava em 12,70 metros e marcou uma descida de -3 cm.
Em comparação com dias anteriores, essa é a primeira queda significativa na descida do rio, que anteriormente estava registrando -12 a -10 cm por dia.
Anteriormente, o título de maior seca estava com a vazante de 2010, que havia registrado 13,63 metros.
Do dia 1º de outubro até esta quarta, o Rio Negro desceu 2,76 metros.
Segundo a Gerência de Encaminhamento e Acompanhamento (GEA) da Secretaria Executiva de Proteção e Defesa Civil Municipal (Sepdec), a tendência é de que o volume dos rios continue baixando até o final deste mês.
“O rio Negro em Manaus apresenta um hidrograma estável, em que em 76% dos anos da série histórica a cota máxima ocorre no mês de junho e em 18% no mês julho. A partir daí, o rio Negro tende a iniciar seu processo de vazante até que atinja a cota mínima. O fim da vazante, por sua vez, não apresenta um período preferencial, podendo ocorrer entre outubro e janeiro do próximo ano”, diz um trecho do boletim do Sistema Geológico do Brasil.
Veja números das maiores secas do Rio Negro:
- 12,70m (2023) – 27 de outubro;
- 13,63m (2010);
- 13,64m (1963);
- 14,20m (1906);
- 14,34m (1997);
- 14,42m (1916);
- 14,54m (1926);
- 14,74m (1958);
- 14,75m (2005);
- 14,97m (1936);
- 15,03m (1998);
- 15,04m (1909);
- 15,06m (1995);
- 15,39m (1907).
Seca no AM
A estiagem severa afeta mais de 608 mil pessoas, distribuídas nas mais de 152 mil famílias que sofrem com os efeitos da seca dos rios no Amazonas.
Dos 62 municípios do estado, 60 estão em estado de emergência devido à seca.
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